Quando Grêmio e Internacional voltarão para casa? Relembre casos parecidos no esporte
Os dois maiores clubes gaúchos voltaram a atuar no fim de maio, longe de Porto Alegre. O Internacional jogou contra o Belgrano, pela Sul-Americana, em Barueri-SP. Já o Grêmio enfrentou o The Strongest, na Libertadores, em Curitiba.
Não há previsão para que os dois times voltem à Arena do Grêmio e ao Beira-Rio. Os dois estádios foram duramente afetados pela enchente que assolou a capital gaúcha, e as estimativas mais otimistas indicam ao menos 60 dias para recuperação.
Além dos dois maiores palcos do Rio Grande do Sul, os centros de treinamento dos dois clubes foram comprometidos, e o Aeroporto Internacional Salgado Filho não tem previsão de voltar a operar normalmente.
Os casos de Grêmio e Inter não são os primeiros de equipes esportivas atingidas por desastres naturais. O Flashscore relembra alguns deles e o que ocorreu até a volta para casa.
Nova Orleans e o Furacão Katrina
Um dos episódios mais conhecidos de um desastre natural afetar diretamente equipes esportivas é o do Furacão Katrina, que assolou a cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos, em agosto de 2005. O New Orleans Saints, da NFL, e o New Orleans Hornets (hoje Pelicans), da NBA, ficaram um bom período fora da maior cidade da Louisiana.
A tempestade que devastou Nova Orleans ocorreu entre 23 e 31 de agosto de 2005 e deixou mais de 1.500 mortos no estado. Além dos óbitos, houve dezenas de milhares de desabrigados, e muitos deles foram para o Superdome, estádio dos Saints. Com a temporada da NFL prestes a começar, no início de setembro, a franquia se viu obrigada a deixar a cidade.
Os Saints viraram um time itinerante durante a temporada de 2005. Dos oito jogos como mandante, jogaram um em Nova York, três em San Antonio e quatro em Baton Rouge, interior da Louisiana. A equipe só voltou ao Superdome mais de um ano depois do furacão, em setembro de 2006.
O New Orleans Hornets iniciou a temporada 2005/06 da NBA um pouco depois, em outubro, mas também precisou de outra sede. A franquia da NBA conseguiu um acordo com a cidade de Oklahoma e atuou por lá até março de 2006. A volta para Nova Orleans se deu apenas no 65º jogo da temporada, já próximo dos playoffs.
Tsunami de 2011 no Japão
Um dos maiores episódios de devastação natural do século foi o terremoto e consequente tsunami que atingiu o nordeste do Japão em 2011. A tragédia que se abateu na região de Tohoku vitimou quase 20 mil pessoas e destruiu diversas cidades. A principal delas foi Sendai, casa do time de beisebol Tohoku Rakuten Golden Eagles, representante da região na Nippon Professional Baseball, liga esportiva mais popular do Japão.
Quando o tsunami ocorreu, no dia 11 de março, os times estavam em pré-temporada. Prontamente o início do campeonato foi adiado para 12 de abril. Como o estádio dos Golden Eagles foi muito afetado, a equipe mudou de sede para começar a competição. Mas, com reconstrução em tempo recorde, a volta ao Miyagi Stadium aconteceu em 30 de abril.
Futebol e o terremoto na Turquia
O sul da Turquia e parte da Síria foram duramente atingidos por um grande terremoto em fevereiro 2023, que deixou mais de 60 mil mortos. Entre as vítimas fatais estavam o atacante ganês Christian Atsu, do Hatayspor, e o diretor esportivo do clube.
Ao todo, quatro times da primeira e da segunda divisões turcas foram afetados: Hatayspor, Gaziantep FK, Yeni Malatyaspor e Adanaspor. Todos eles foram tirados do restante dos campeonatos e ganharam vaga automática nas respectivas divisões para a temporada 2023/24. O Hatayspor até hoje não atua em sua casa, algo que só deve ocorrer no início da temporada 2024/25.