Clubes da Alemanha vetam investidores externos na Bundesliga

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Clubes da Alemanha vetam investidores externos na Bundesliga

Torcida do Dortmund contra o dinheiro estrangeiro
Torcida do Dortmund contra o dinheiro estrangeiroProfimedia
Os principais clubes alemães votaram contra terceirizar os direitos de transmissão da Bundesliga 1 e 2 para investidores estrangeiros, nesta quarta-feira (24).

Foram 20 votos a favor, 11 votos contra e cinco abstenções em uma votação em Frankfurt que reuniu 36 clubes profissionais da DFL (a entidade que rege as divisões do futebol alemão).

Era necessário uma maioria de dois terços para que a mudança fosse aprovada.

A DFL esperava receber cerca de 2 bilhões de euros em troca de uma participação de 12,5% nos lucros da venda dos direitos de mídia da Bundesliga por pelo menos 20 anos.

"Esse é o fim do assunto a partir de hoje. Isso é democracia", disse Hans-Joachim Watzke, o presidente do conselho de supervisão da DFL, e que também é diretor do Borussia Dortmund.

Os investidores Advent, CVC e Blackstone estavam na disputa para adquirir os direitos, segundo a mídia local.

Na mão da torcida

Torcedores do Bayern, Dortmund, Union Berlin e outros clubes da elite, levaram faixas aos estádios no fim de semana demonstrando apoio ao veto ao investimento estrangeiro no futebol alemão.

"Nós não queremos jogos às 22h30 da noite", disse à emissora DW um membro do Südtribüne Dortmund, grupo que representa 31 torcidas do atual líder do Campeonato Alemão.

Na contramão da Premier League

As ligas nacionais na Europa estão cada vez mais de olho no financiamento externo por meio de acordos de transmissão, à medida que buscam maneiras de aumentar as receitas e aumentar seu alcance global. 

Os críticos, no entanto, veem isso como mais um passo para que o esporte se torne excessivamente comercializado.

A Bundesliga é a segunda maior liga da Europa em termos de receita, depois da Premier League, mas vende seus direitos de transmissão por aproximadamente apenas 2% do preço que a liga inglesa cobra.

A DFL começou a sondar informalmente os licitantes no ano passado, mas os atrasos na obtenção de consenso entre os clubes alemães resultaram na renúncia de sua ex-diretora executiva Donata Hopfen.