"Estou pronto para o próximo capítulo da minha carreira. Refleti e me preparei, descobri o que funcionou bem no passado e o que não quero repetir no futuro", afirmou em um artigo para a "Coaches Voice".
Ainda não está claro para onde Terzić irá. No entanto, é provável que muitas portas estejam abertas para ele. Sempre que um sucessor foi procurado recentemente em um clube de ponta, o germano-croata geralmente esteve entre os candidatos, como a Roma, o Milan e o Manchester United.
Apesar de ter levado o Borussia Dortmund de forma sensacional à final da Liga dos Campeões, o clube anunciou a saída do treinador em junho deste ano. O então auxiliar técnico, Nuri Sahin, foi promovido como sucessor. No total, Terzić treinou o time em 125 partidas oficiais.
Conflitos "inevitáveis"
O técnico também comentou a trajetória no cargo e lembrou uma experiência dramática em novembro de 2017, quando estava trabalhando como auxiliar de Slaven Bilic no West Ham. Quando foi informado de que o time londrino estava se separando de Bilic e de sua equipe técnica, um mundo desmoronou para ele. "Esse foi o momento mais difícil para mim como jovem treinador".
Pouco tempo depois, Terzić recebeu uma oferta da Bundesliga 2, que ele recusou. Em vez disso, usou os meses seguintes para pensar em questões fundamentais: passou seis meses escrevendo um relatório no qual tentou registrar uma filosofia de jogo própria e seu papel como técnico. Ao mesmo tempo, trabalhou para obter a Licença Profissional da UEFA.
Um dos maiores desafios foi formar uma equipe homogênea. "Você tem que ser o mais honesto possível com os jogadores. Mas eu sempre digo que a honestidade é uma questão de perspectiva. Se você disser quatro vezes seguidas que um jogador não está jogando, ou ele não acreditará que o técnico é honesto e não gosta dele, ou acreditará que não é bom o suficiente".
Os conflitos, diz Terzić, fazem parte do negócio. "Como técnico se quiser chegar ao auge, terá de sair da zona de conforto. E quando você sai da sua zona de conforto, inevitavelmente haverá conflito", garante.
Sucesso no Dortmund
O técnico de 41 anos recordou com carinho o tempo no Dortmund, quando cresceu "como líder" e o clube o ajudou muito a se desenvolver como técnico. Em 2020/21, conquistou a Copa da Alemanha com o Borussia e perdeu a Bundesliga por uma margem mínima dois anos depois.
"Sou um técnico jovem, mas em três temporadas como treinador principal consegui competir por troféus todos os anos. Em um clube como o Borussia, é extremamente importante ter um sonho no qual todos acreditem", disse com orgulho do que conquistou.