Carioca pode ser decisivo para Vítor Pereira no Fla? Compare com antecessores
O Rubro-Negro precisa do título carioca para dar uma resposta ao seu torcedor. No início da temporada, o Fla perdeu a Supercopa do Brasil, caiu na semi do Mundial de Clubes e ficou com os vices da Recopa e da Taça Guanabara.
A sequência de insucessos de Vítor Pereira faz com que a final do Carioca se torne crucial para a continuidade do trabalho. Outra derrota em uma decisão pode ser crucial na demissão do técnico, assim como ocorreu com alguns de seus antecessores.
O Flashscore relembra como foram as passagens de todos os treinadores do Flamengo desde a saída de Jorge Jesus, em 2020. Vencer o Carioca é fundamental para a continuidade do trabalho?
Domènec Torrent (2020)
Primeiro treinador após a passagem de Jorge Jesus pela Gávea, o espanhol não disputou o Campeonato Carioca. Ele fez sua estreia na primeira rodada do Brasileirão de 2020, em derrota para o Atlético-MG. O estadual daquele ano foi conquistado por Jorge Jesus, sobre o Fluminense, em seu último ato no comando do Rubro-Negro.
Domènec comandou a equipe em 24 jogos e obteve 14 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. A demissão ocorreu após sofrer goleada por 4 a 0 para o Atlético-MG, na primeira rodada do returno do Brasileirão de 2020. Apesar de ter iniciado a campanha do título brasileiro daquele ano, o treinador não ficou marcado para o torcedor como parte importante da conquista.
Rogério Ceni (2020-2021)
Único treinador depois de Jorge Jesus a conquistar o título estadual pelo Flamengo, Rogério Ceni teve uma passagem conturbada e, ao mesmo tempo, vitoriosa pelo Ninho do Urubu. Ao assumir a equipe no meio da temporada 2020, ele foi responsável pela arrancada que garantiu o título brasileiro daquele ano, apesar das quedas na Libertadores (Racing) e na Copa do Brasil (São Paulo).
No início da temporada 2021, Ceni conquistou outros dois títulos: a Supercopa do Brasil contra o Palmeiras e o Campeonato Carioca contra o Fluminense. No entanto, nada disso impediu que Rogério deixasse o comando do clube depois de 45 jogos: 23 vitórias, 11 empates e 11 derrotas. A demissão aconteceu novamente após uma derrota para o Atlético-MG, desta vez pelo 1º turno do Brasileirão de 2021.
Renato Gaúcho (2021)
Sucessor de Ceni no comando, Renato Gaúcho não completou um ano no cargo para disputar o estadual de 2022. Seu trabalho no Flamengo começou em alta e terminou de forma melancólica. Mesmo com diversas goleadas, o treinador saiu do clube sem conquistar títulos.
Renato foi vice-campeão brasileiro, caiu na semifinal da Copa do Brasil para o Athletico-PR e teve a dura derrota na final da Libertadores para o Palmeiras. Apesar de ter vencido 24 dos 37 jogos disputados, com apenas 5 derrotas, a avaliação do trabalho de Renato na Gávea foi péssima.
Paulo Sousa (2022)
Para o início de 2022, o Flamengo buscou o treinador português na seleção da Polônia para comandar a reestruturação da equipe. Paulo Sousa teve um início de trabalho muito parecido com o de Vítor Pereira em 2023. Perdeu a Supercopa do Brasil para o Atlético-MG e a Taça Guanabara para o Fluminense.
O grande baque no trabalho de Paulo Sousa foi a perda do Carioca, também para o Tricolor. O vice-campeonato abalou de forma irreversível a continuidade do português no Flamengo. A queda ocorreu na 10ª rodada do Brasileirão, após derrota para o Red Bull Bragantino e uma crise sem fim.
Dorival Júnior (2022)
Dorival Júnior foi mais um treinador que não disputou o estadual no comando do Flamengo. No entanto, foi o mais vencedor desde 2020. Com belíssimo desempenho nos torneios de mata-mata, ele conquistou o tetracampeonato da Copa do Brasil e o tri da Libertadores.
Trocado por Vítor Pereira ao fim de 2022, Dorival pagou o preço pela fraca campanha no Brasileirão e pela queda de rendimento da equipe na reta final da temporada. Ele venceu 26 dos 43 jogos que disputou, incluindo todas as sete partidas pela Libertadores.