Ataque x coletivo: as forças de Atlético-MG e América-MG na final do Mineiro
Depois de campanhas similares na fase de classificação, o Coelho levou a melhor sobre o Cruzeiro com duas vitórias nas semifinais. O Galo passou pelo Athletic ao vencer o segundo jogo, depois de perder na ida — a primeira derrota na temporada.
O Alvinegro, agora, quer quebrar a invencibilidade do Coelho. Armas não faltam, dependendo dos técnicos a escolha de quais serão usadas — sem deixar de considerar os compromissos do meio de semana. O Galo recebe o Libertad-PAR, pela Libertadores, enquanto o América joga em casa contra o Peñarol, pela Sul-Americana.
A equipe alvinegra tem dado sinais de evolução, jogando de forma mais vertical e sem sofrer tanto em uma defesa que ainda tenta se encontrar com caras novas, como Saravia e Lemos. Com sua força total, o Galo tem a dupla de ataque formada por Hulk e Paulinho como sua principal qualidade. Os dois são responsáveis por 10 dos 16 gols do time no Estadual.
Artilheiro em campo
Hulk é presença garantida, uma vez que estará suspenso do jogo de quarta-feira. Com ele em campo, o Galo ganha uma peça que tem um poder de definição de poucos no cenário nacional. Em 12 jogos em 2023, são 10 gols e uma assistência.
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"Ele é o jogador mais completo com quem já trabalhei. Já ganhou tudo e segue buscando mais títulos e conquistas, tanto no individual como no coletivo. É um exemplo de humildade, ajuda muitos que estão ao seu redor. Quem está à sua volta, é tocado por suas ações e exemplos", elogia o volante Otávio.
"Estar ao seu lado e não crescer, é estar fora da 'casinha'. É um privilégio jogar com ele, é um aprendizado que vou levar pra minha carreira. Ele une o grupo e o deixa mais forte", garante o meio-campista.
Com apenas 22 anos, Paulinho já conquista a torcida atleticana, com bons números dentro de campo. Ter deixado sua marca em três dos quatro jogos da pré-Libertadores fez o jogador cair nas graças da Massa. São 13 partidas, seis gols e quatro assistências até aqui.
Coletivo é a força do Coelho
Pelo lado americano, duas peças de ataque também têm ido com alguma frequência às redes nesta temporada. Autores de quatro gols cada, Wellington Paulista e Aloísio são parte de um elenco que tem feito o coletivo chamar a atenção. Os comandados do técnico Vágner Mancini têm conseguido apresentar uma regularidade desde o começo da competição.
No Mineiro, o América pouco sofreu, dando indícios de um time coeso, mas que ainda tem muito a evoluir. São 14 jogos, ainda sem ser batido.
"O que nos fez chegar invictos até aqui é ter mantido a forma de jogar, contra adversários de qualquer série ou tamanho. Vamos enfrentar o Atlético com o mesmo respeito que tivemos pelo Tocantinópolis. Não podemos deixar de produzir o nosso jogo, isso nos conduziu para estas vitórias. Acho que eles contam com mais talentos individuais, com o nosso coletivo sendo muito forte, independentemente de quem entra", comenta o zagueiro Éder.
"Prevejo um jogo equilibrado, com pontos fortes dos dois lados a serem bem usados. Não vai nos faltar entrega e vontade. Precisamos, no mínimo, vencer um jogo para sermos campeões, mas queremos terminar o Mineiro invictos", completa.