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Bebeto lamenta novo momento da Seleção: "Estão perdendo o respeito pelo Brasil"

Daniel Ottoni
Bebeto sente falta de um centroavante na Seleção
Bebeto sente falta de um centroavante na SeleçãoAFP
O ex-atacante Bebeto, campeão da Copa do Mundo com a Seleção Brasileira em 1994, foi o entrevistado do A Hora das Copas desta quinta (4). O programa é uma parceria entre Flashscore e Estadão durante o período de Copa América e Euro.

Na conversa com Eduardo Geraque, narrador do Flashscore, e Gustavo Faldon, editor de Esportes do Estadão, Bebeto falou do atual momento da Seleção e relembrou de momentos icônicos da carreira, como a conquista do Mundial de 1994 e suas passagens por Vasco, Flamengo, Vitória e La Coruña. 

Confira tabela completa da Copa América

Bebeto não deixou de lado o saudosimo e admitiu que segue sendo um cara que ainda se apega a alguns tradicionalismos do mundo da bola. "O futebol de hoje está muito tático, cheio de números. O cara corre 15km, mas não faz um gol. Não adiantou nada. Atletismo é um outro esporte", comparou.

Brasil sem moral

Referência de uma conquista eterna do futebol brasileiro, Bebeto vê a Seleção de hoje em um momento bem diferente da sua época de jogador. "Estão perdendo o respeito pela nossa Seleção, é preciso mudar isso. Quem tem poder para mudar são os jogadores. O que fizemos está na história, ninguém apaga. Só quando voltamos da Copa de 1994 é que fomos saber das críticas que recebíamos. Era um outro tempo", conta.

Bebeto foi convidado, recentemente, para acompanhar a Copa América por uma empresa de cartão de crédito, ficando incrédulo com o que viu no duelo entre Brasil e Colômbia.

"Tinha muito mais colombiano do que brasileiro no estádio. Eu não lembro disso acontecendo. A exceção foi no jogo contra os EUA na Copa de 1994, quando jogamos na casa deles. Em Copa do Mundo, a torcida do Brasil sempre foi dominante", lembra. 

Ausência de Vini preocupa

Bebeto admitiu estar preocupado com o que pode acontecer com a Seleção na Copa América. No sábado (6), o Brasil encara o Uruguai, pelas quartas de final, sem Vini Jr., suspenso. "O ideal seria pegar times como Argentina e Uruguai mais perto da final. O Brasil perde muito sem o Vini, estou preocupado.

"O Uruguai é forte e vem com tudo, tem ótimos jogadores como Arrascaeta e Valderde. Era para o Brasil ter feito 2 a 0 na Colômbia no pênalti não marcado no Vini. Foi uma brincadeira o VAR não ter chamado para rever o lance", reclamou.

O empate fez o Brasil ter um outro destino nas quartas. A vitória colocaria o Panamá no caminho da Seleção. No dia seguinte ao jogo, a CONMEBOL admitiu a falha do árbitro venezuelano Jesús Valenzuela e da equipe do VAR. 

Bebeto indicou que sente falta, além de um camisa 9 de ofício na seleção, de um meia mais criativo, que possa abastecer as peças de ataque. "Esse jogador que mete uma bola com facilidade para um finalizador é uma maravilha. Estamos perdendo peças com este estilo, como um Alex, um Ronaldinho Gaúcho ou Alex", finaliza.