Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Dorival refuta falta de comando na Seleção em polêmica dos pênaltis: "Covardia"

Dorival concedeu entrevista à ESPN e lamentou comentários sobre sua postura contra o Uruguai
Dorival concedeu entrevista à ESPN e lamentou comentários sobre sua postura contra o UruguaiRafael Ribeiro/CBF
Dorival Júnior, técnico da Seleção Brasileira, comentou sobre a polêmica imagem onde aparece fora da roda de jogadores antes da disputa de pênaltis contra o Uruguai, no último sábado (6), pelas quartas de final da Copa América. O time Canarinho acabou eliminado da disputa e muitos questionamentos foram levantados sobre o comportamento da equipe e a autoridade do treinador em relação a seus comandados.

Dorival refutou qualquer teoria de que lhe falte comando ou pulso sobre o grupo. Segundo o treinador da Seleção Brasileira, os comentários chegam a ser uma "covardia". As declarações foram dadas ao programa F90, da ESPN

Confira a tabela completa da Copa América no Flashscore

"Primeiro, lamentar que as pessoas façam avaliação de uma foto, colocação, gesto, atitude. Eu só peço que exista um respeito, a todos os profissionais. Eu sempre entendi que jornalismo tem que se ouvir os dois lados. Eu fui pego totalmente de surpresa, porque nem havia sabido. Eu, como atleta, já participei de algumas decisões, como no campeonato de 88, em pênaltis. Sempre fiquei um pouco afastado, com o grupo. Eu havia treinado para bater pênalti e queria estar concentrado para o que faria e tranquilo para executar da melhor forma", justificou Dorival Júnior.

"Eu nunca participei de rodinhas porque não quero incomodar jogadores em momentos como esse. Caso eu sinta que o grupo esteja muito nervoso ou muito tranquilo, é natural que eu tenha que interferir, não foi o caso. Estava procurando o Alisson para ter uma conversa mais detalhada com ele, o quarto árbitro havia me chamado um pouco distante da roda, pedindo para que fizesse o corte de um atleta, já que o Uruguai havia perdido um jogador por expulsão, que ele não deveria fazer parte. Eu não sabia o número do Arana para cortá-lo. Então, estava o procurando para ver o número dele apenas", acrescentou o técnico da Seleção Brasileira.

Autonomia

Chateado com os comentários que considerou maldosos e levianos, Dorival reforçou que jamais participou de rodas propostas por atletas, pois gosta de dar autonomia aos seus comandados. Seria uma forma, inclusive, de aumentar a confiança dos jogadores em momentos extremamente decisivos.

"Não participo de rodas, nunca fiz isso, nem em clubes. Quero que o jogador se sinta confortável e lembre-se do que fez. Que estejam tranquilos, concentrados e façam o que fizeram em treinamento. Nós vínhamos treinando com frequência, fizemos faltas com frequência, todos reclamavam que não tínhamos cobradores de falta, agora temos, porque fizemos muito trabalho nesses 30 dias de batidas de falta", destacou à ESPN.

"Infelizmente, as tomadas de posições, todos os comentários que foram feitos, maldosos, levianos, sem nexo nenhum e, o principal, sem conhecer o outro lado da moeda. Lamento muito por tudo isso, não são dignos de profissionais a altura do que temos. Nos respeitem aqui desse lado, porque em todos os momentos, de todos vocês, eu jamais vim a público. Nesse caso, foram levianos ao extremo e até usaram de certa covardia. Lamento, mas passo por cima e olho lá na frente para melhorar para as Eliminatórias", completou Dorival Júnior. 

Confiança na volta por cima

Dorival durante partida contra o Uruguai, no último sábado (6), em Las Vegas
Dorival durante partida contra o Uruguai, no último sábado (6), em Las VegasRafael Ribeiro/CBF

A Seleção Brasileira vive seu pior momento na história, acumulando insucessos em Copas do Mundo, além de amargar a sexta posição nas Eliminatórias e ter caído de forma precoce na Copa América. Dorival, todavia, está confiante na volta por cima do grupo, apontando que este é ainda um início de trabalho.

"Todos pediam mudanças, para que alterássemos o padrão da equipe, mas essas mudanças precisam de tempo. Não existe mágica no futebol. Então, nós temos que ter todo o cuidado possível. É uma geração que promete muito.

"Esse momento é muito difícil, porém revertemos um quadro que vinha acontecendo com a Seleção, de algumas derrotas consecutivas; tivemos jogos disputados, as equipes sentiram o peso da Seleção e, daqui a pouco, com mais organização, equilíbrio, entrosamento, entre os componentes desse grupo, ou modificados em outras situações, podem nos dar outro resultado", projetou o técnico da Seleção Brasileira.