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Geração talentosa e sucesso recente colocam Colômbia como uma das forças da Copa América

Daniel Ottoni
Colômbia pode incomodar Brasil e Argentina na Copa América
Colômbia pode incomodar Brasil e Argentina na Copa AméricaProfimedia
Poucos são os times da Copa América que, pelo menos na teoria, possuem condições de bater de frente com Brasil e Argentina. Nesta seleta lista, aparece a Colômbia, que chega ao torneio invicta há 21 jogos, dentro da zona de classificação das Eliminatórias para a Copa do Mundo.

O time "cafetero" está na 3ª colocação, sendo o único que ainda não perdeu no torneio após seis jogos. São três vitórias e três empates, estando atrás de Argentina e Uruguai.

No próximo sábado (8), a Colômbia encara os Estados Unidos no penúltimo amistoso de preparação antes da estreia da Copa América, que acontecerá justamente na casa dos norte-americanos. Antes da estreia, um novo compromisso, no sábado seguinte (15), está marcado contra a Bolívia. 

Os colombianos estão no Grupo D da Copa América, ao lado de Paraguai, Brasil e Costa Rica. A estreia acontece diante do Paraguai no dia 24 de junho.

Confira a classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para Copa de 2026

O Flashscore fez contato com jornalistas colombianos para tentar entender o que move a seleção local, que teve sua última derrota no dia 1° de fevereiro de 2022, para a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar. Desde então, são 21 jogos de invencibilidade, com seis vitórias seguidas. 

Chamando atenção

Para mostrar a condição de bater de frente contra qualquer adversário, a Colômbia conseguiu, na última Data FIFA, um surpreendente resultado ao vencer a Espanha, por 1 a 0, em Londres. 

Siga a Copa América pelo Flashscore

"Pelo que vimos nos amistosos e no início das Eliminatórias, temos uma equipe altamente competitiva. Pensar em título, quando os atuais campeões mundiais e os pentacampeões estão no mesmo torneio, pode ser ousado, mas esta geração precisa de uma conquista deste nível para entrar para a eternidade.

"Caso contrário, será mais uma das tantas boas gerações que nosso país já teve sem conquista", lembra o jornalista Cristian Marin, da Blu Radio, de Bogotá. 

Alguns jogadores podem ser apontados como destaque, com boa parte deles atuando no futebol europeu, com este nível de exigência presenteando o país quando chega a hora de defendê-lo.

Prontos para brilhar

Entre os nomes que podem fazer parte de uma encorpada seleção, estão o de Luís Díaz, atacante do Liverpool, Jhon Arias, atacante do Fluminense, Jefferson Lerma, volante do Crystal Palace, James Rodrígues, meia do São Paulo, Johan Mojica, lateral-esquerdo do Osasuna e Jhon Lucumi, zagueiro do Bologna. 

"O elenco conta com bons jogadores que fazem a seleção funcionar como uma equipe. O fato de jogarem na Europa ajuda a manter o nível alto. Chegar à final, pelo menos, é uma meta. A qualidade existe, assim como o talento para lutar pelo título. Os resultados dos amistosos mostram a coesão como equipe, isso dá esperança para o título da Copa América", coloca Juan Sebastián Vargas, jornalista da Rádio Caracol. 

A referência

O grande nome da seleção da Colômbia não poderia ser outro. Apesar do coletivo falar mais alto para os bons resultados recentes, a grande esperança para fazer a diferença está depositada nos pés do atacante Luis Díaz, do Liverpool. 

"Nossa grande figura é Luís Díaz. Ele é um jogador diferente, é o cara desta seleção com mais alegria em seu jogo. Sua velocidade, seus dribles e sua presença constante na área fazem dele uma referência. Além disso, seu nível no Liverpool consegue ser transferido para a equipe nacional, algo que não é fácil", lembra Marin. 

O comandante

Sem um técnico de bom nível e experiência, a Colômbia não teria chegado aos resultados recentes, assim como ao patamar que a faz ser uma das principais forças da Copa América de 2024. O argentino Néstor Lorenzo, ex-auxiliar de José Pékerman nas seleções de base da Argentina, está no comando do time desde junho de 2022. Dos 21 jogos de invencibilidade da Colômbia, 18 são sob o comando de Lorenzo. 

Com ele, a Colômbia atingiu um nível de jogo que tem feito os adversários sofrerem. "Ele conseguiu manter a comunhão e harmonia, deu sua marca ao elenco. Ele formou uma equipe, com cada um assumindo seu papel.

"O próprio James Rodríguez, que sempre foi conhecido por ser caprichoso e rebelde, hoje, com maturidade, abaixa a cabeça e aceita as decisões do técnico. Lorenzo fortalece a mente do grupo e enche os jogadores de informações para enfrentar cada jogo", detalha Marin. 

O jornalista lembra que boa parte do elenco cresceu e se consolidou na carreira fora do país, tendo a chance de deixar o local de origem muito cedo, sem se desenvolver no futebol local. 

"A evolução do futebol colombiano é significativa, mas não podemos dizer que o produto interno é importante. A Colômbia hoje exporta prematuramente seus talentos. Os jogadores se estabelecem em clubes de diferentes partes do mundo, onde têm a garantia de crescer como pessoas e jogadores", reforça.