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Projeção do Brasil na Copa América é positiva, apesar do pouco tempo de trabalho

Daniel Ottoni
Dorival não perdeu após quatro jogos à frente da Seleção
Dorival não perdeu após quatro jogos à frente da SeleçãoRafael Ribeiro/CBF
O Brasil chega para a Copa América como um das favoritos, um cenário que se repete a cada edição do maior torneio de seleções do continente. Para a competição nos Estados Unidos, o prognóstico é positivo, mas também carrega alguma dose de incerteza em virtude do trabalho recentemente iniciado pelo técnico Dorival Júnior.

O ex-treinador de São Paulo e Flamengo comandou o Brasil em quatro amistosos até aqui. Depois de vencer a Inglaterra, em Wembley, por 1 a 0, no dia 23 de março, a Seleção empatou em 3 a 3, em movimentado jogo contra a Espanha, no estádio Santiago Bernabéu. Mais recentemente, em território norte-americano, o Brasil venceu o México por 3 a 2 antes de empatar, em 1 a 1, com os Estados Unidos.  

Na Copa América, o Brasil estreia na segunda-feira (24), contra a Costa Rica, antes de enfrentar Paraguai, no dia 28 e a Colômbia no dia 2 de julho.

Confira a tabela completa da Copa América 

As atuações nestes dois primeiros duelos, contra gigantes do futebol internacional,  mostraram uma nova cara do time. O desempenho contra a Inglaterra, logo na estreia de Dorival, chamou atenção, principalmente pelo fato de ser este o primeiro jogo do time sob o comando do novo treinador.

Firme na defesa, sem deixar muitos espaços para o adversário aproveitar, e inteligente na hora de se lançar ao ataque, o Brasil mostrou que Dorival conseguiu implementar parte do seu estilo com pouco tempo de treinamento. 

Dias depois, foi a vez de incomodar a Espanha dentro da casa do adversário, com o Brasil buscando o empate nos acréscimos, em um duelo com arbitragem polêmica, que fez a CBF se manifestar a favor do uso de VAR nos próximos amistosos.

Sem oba-oba

O bom começo animou os torcedores, enquanto especialistas pedem cautela, sabendo que trata-se, ainda, de um início de trabalho promissor, mas com um longo caminho pela frente antes que os frutos mais consistentes possam ser vistos, tanto na própria Copa América como nas Eliminatórias. 

"É dificíl prever até onde o Brasil pode ir na Copa América, o Dorival tem um estilo de jogo simples e organizado. Ele conta com jogadores que já estiveram na Copa do Mundo e que devem seguir fazendo parte do elenco, como Vini Jr., Rodrygo, Raphinha, Marquinhos e Danilo", comenta o ex-jogador Silas, em entrevista exclusiva ao Flashscore

No amistoso recente contra México, o Brasil entrou com um time reserva, dando oportunidade para peças que podem ser importantes durante a Copa América. Alguns corresponderam bem, como o meio-campo Andreas Pereira e o atacante Savinho. 

Contra os Estados Unidos, Dorival voltou a usar os titulares, sendo este o último teste antes da estreia, com o Brasil mostrando o mesmo padrão de jogo das primeiras partidas na Europa.

Prognóstico favorável

Na Copa América, o Brasil tem tudo para ir longe, mas o fato da equipe ainda estar em construção pode pesar em alguns momentos. Na primeira fase, a tendência é de uma classificação, mesmo com dificuldades podendo aparecer, principalmente, contra a Colômbia.

Dorival conseguiu montar padrão na Seleção com pouco tempo de trabalho
Dorival conseguiu montar padrão na Seleção com pouco tempo de trabalhoRafael Ribeiro/CBF

Na fase de mata-mata, a eficiência será fundamental para que surpresas desagradáveis não aconteçam em um momento do campeonato em que erros são fatais. Apesar de ainda não ter perdido, a seleção de Dorival mostrou algumas falhas defensivas que são compreensíveis e naturais, até pelo pouco tempo de trabalho. 

Dorival manteve referências do elenco, sem deixar de dar oportunidades para destaque da última temporada, a exemplo de Endrick, prestes a vestir a camisa do Real Madrid, Yan Couto e Savinho, lateral-direito e atacante, respectivamente, do Girona, a grande sensação da última LaLiga, Beraldo, zagueiro do PSG e Wendell e Pepê, lateral-esquerdo e atacante do Porto, respectivamente. 

Se com pouco tempo de trabalho, o saldo já foi positivo, a tendência é que este time possa se mostrar ainda mais coeso dentro de campo quando estiver mais entrosado. A Copa América será um bom teste para o novo time de Dorival mostrar seu atual patamar, além de suas potencialidades, virtudes e fraquezas.

Por mais importante que seja a Copa América, o maior objetivo é estar na Copa do Mundo, situação que o Brasil, no momento, corre risco, mesmo com muita água ainda a passar por baixo desta ponte até a definição dos classificados da América do Sul para o torneio em sede conjunta (EUA, Canadá e México) em 2026.