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Top 5 destaques (não tão fáceis de escolher) da Copa América 2024

Messi teve três recordes batidos em uma única edição de Copa América
Messi teve três recordes batidos em uma única edição de Copa AméricaProfimedia
A edição de 2024 da Copa América se encerrou neste domingo (14) com título da Argentina. Em um torneio criticado por muitos aspectos, como campo reduzido, segurança, demora do VAR e nível da arbitragem, encontrar cinco destaques de maior expressão não foi uma tarefa tão tranquila.

O que era para ser um teste de organização, logística e estrutura mostrou que mais esforços serão necessários para um saldo positivo em apenas dois anos. 

Confira a classificação da Copa América

Lá, um mundo inteiro está com seus olhares voltados não somente para os jogos, mas também para os bastidores. A confusão antes da final, com torcedores sendo agredidos, presos e pisoteados, foi o capítulo final de uma edição que ficará marcada de forma negativa. 

O Flashscore separou desempenhos individuais e coletivos que sobressaíram em um dos palcos da Copa do Mundo de 2026.

Messi

O craque argentino não teve grandes atuações na Copa América, mas deixou sua marca com recordes. Logo na primeira partida da Argentina, ele se tornou o jogador com mais partidas na história da competição, chegando aos 35 jogos. Esta marca foi ampliada para 39 com sua presença na grande decisão

Messi, que fez um dos gols da vitória de 2 a 0, sobre o Canadá, na semifinal, também igualou marca do brasileiro Zizinho, sendo um dos únicos jogadores a marcar gols em seis edições da Copa América. 

Messi marcou nas edições de 2007, 2015, 2016, 2019, 2021 e, agora, 2024. A única exceção foi em 2011, quando a Argentina e o camisa 10 pararam nas quartas de final, nos pênaltis, para o Uruguai. São 14 gols do argentino na história da competição, três atrás de Zizinho e do seu compatriota Norberto Méndez

Na decisão, a cena de Messi chorando no banco de reservas após se lesionar e ser substituído, vai ficar marcada na memória de muitos. Ele fechou o torneio sendo o jogador com mais finais na história da Copa América

Seleção do Canadá

O Canadá fez sua estreia na Copa América ao entrar na edição de 2024 como convidado. Para alguns, seria o saco de pancadas no Grupo A, que contava com Argentina, Peru e Chile.

Logo na estreia, o time da América do Norte, que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2026, mostrou seus perigos contra os hermanos, assustando a meta da Albiceleste por mais de uma vez, com a falta de pontaria pagando caro na derrota de 2 a 0.

Na sequência, uma expulsão do Peru ajudou na vitória por 1 a 0 antes do empate sem gols contra o Chile garantir a histórica classificação. 

O time foi além ao eliminar a Venezuela, favorita do duelo das quartas. O que viesse, a partir dali, era lucro, tendo a certeza de que faria, pelo menos, mais dois jogos contra potências do continente.

A queda prevista para a Argentina nas semifinais não impediu um bem-vindo cenário para uma seleção que ainda busca enfrentar, com frequência, times do mais alto nível.

Em poucas semanas, os canadenses testaram suas forças contra os atuais campeões do mundo por duas vezes. Foi justamente contra a Argentina as únicas duas derrotas na competição. 

É fato que o Canadá superou todas as expectativas, saindo da Copa América no quintal de casa muito mais forte do que entrou, com boas chances de novas surpresas serem apresentadas no Mundial como anfitrião. 

James e cia. 

O meia do São Paulo James Rodríguez foi, com sobras, um dos grandes destaques da Copa América. O jogador, antes da final, acumulou seis assistências no torneio deste ano, ultrapassando as cinco de Messi, então recordista neste fundamento em uma única edição do torneio, em 2021. 

Na Colômbia, James encontra um estilo de jogo que conta a seu favor. As jogadas sempre procuram seus pés, com o meia correspondendo e sendo peça-fundamental no time do técnico Nestor Lorenzo. 

Para alguns, a diferença de desempenho entre seleção colombiana e São Paulo passa, diretamente, por sua motivação cada vez que veste estas camisas. 

A torcida do Tricolor segue lamentando tamanha diferença de desempenho, sonhando com o dia em que o jogador terá tal sequência pelo clube brasileiro. 

A seleção cafetera correspondeu às expectativas que foram depositadas em seu futebol, antes mesmo do início da Copa América. O time chegou para o torneio invicto há 23 jogos e foi além deste feito, aumentando sua invencibilidade para 28 partidas antes da grande decisão contra a Argentina.

Comandados pelo técnico argentino Néstor Lorenzo, os colombianos mostraram um futebol envolvente e vertical, sempre buscando recuperar a bola logo após o adversário ter sua posse. As peças pelos lados do campo levaram perigos frequentes aos adversários, com o time rendendo o que pode sob a batuta de James Rodríguez. 

Bielsa merece pausa para escutar

A fala do técnico Marcelo Bielsa, do Uruguai, chamou atenção na última sexta. Ele tentou se segurar, mas falou mais do que queria sobre a organização da Copa América, tocando em algumas feridas da CONMEBOL que certamente incomodaram. O técnico defendeu seus atletas, que se envolveram em confusão com torcedores da Colômbia após derrota na semifinal. 

O destaque aqui vai para a postura do experiente treinador, que parece não se importar muito com possíveis consequências vindas de sua sinceridade genuína.

Bielsa é daqueles líderes que geram aprendizados frequentes por seus gestos e pela visão do futebol que vai além dos campos. Os seguidos anos de "cancha" o fazem um conhecedor profundo do mundo da bola, que não se omite para instigar válidas reflexões, algo raro no cenário atual de interesses e politicagem. 

Seleção da Venezuela

Apesar de ter ficado pelo caminho nas quartas de final, o saldo da Copa América foi positivo para a Venezuela. A equipe caiu para o Canadá, nos pênaltis, no jogo que decretou sua eliminação.

Na fase de grupos, o time dos atacantes Soteldo e Savarino, que atuam no futebol brasileiro, passou na liderança de um grupo que tinha adversários complicados como Equador e México. As vitórias sobre estes dois oponentes fizeram o time chegar como favorito para as quartas de final, quando foi derrotado pela grande surpresa do torneio, o Canadá. 

Até poucos anos, a seleção Vinotinto era um eterno saco de pancadas do futebol sul-americano. Tal realidade, hoje, é bem diferente. Nas Eliminatórias, o time ocupa a 4ª posição, à frente de seleções de maior expressão. O desafio, agora, é manter o bom aproveitamento e tentar tirar proveito do que fez de bom no torneio em solo norte-americano.

Daniel Ottoni é editor sênior do Flashscore Brasil
Daniel Ottoni é editor sênior do Flashscore BrasilFlashscore