Cássio brinda dia do goleiro com recorde no Corinthians e "abraça" Cuca após vitória
Após a partida, em entrevista ao SporTV, Cássio comemorou a importante vitória do Corinthians, que vem atravessando um momento de turbulência dentro de campo e também fora dele com a situação envolvendo o técnico Cuca. Vencer o Remo era praticamente uma obrigação para o clube alvinegro pela disparidade de folha entre as equipes e a realidade atual no futebol nacional, mas foi um triunfo com contornos dramáticos.
Veja como foi Corinthians 2 (5) x (4) 0 Remo
"Complicado, eu estou há bastante tempo aqui, então, cara é difícil. Mas parabéns a todos. Sei que, de certa forma, nós tínhamos que passar, mas o momento é difícil. Acho que mostrou que muita gente que é homem nesses momentos, não se escondeu e conseguiu fazer um grande jogo, falando isso de coração mesmo porque foi duro, difícil. Lógico, passamos de fase, mas tem muita coisa pela frente, sábado temos um clássico (contra o Palmeiras), na próxima semana outro jogo. Mas é uma vitória que dá confiança, dá um respiro na sequência, melhorar e mostrar que estão todos no mesmo barco", disse Cássio após a partida, em entrevista ao SporTV.
Defendeu o presidente
O goleiro corintiano defendeu o presidente Duílio Monteiro, criticado pela torcida nos últimos dias pela contratação de Cuca e o momento do clube, que acabou sacando Fernando Lázaro e não conseguiu chegar à decisão do Paulista.
"Acho que o professor Cuca, os jogadores, todos que trabalham no Corinthians estavam engajados, o presidente Duílio também tenta fazer de tudo, às vezes é criticado como nós, mas é um cara que tem agregado muito para o Corinthians, tem defendido com unhas e dentes e feito coisas para o Corinthians melhorar. Às vezes as coisas não acontecem, mas nós todos somos culpados, não só ele. Mas feliz pela classificação, ganhou ao estilo Corinthians, até o final, lutando, brigando, a gente sai muito feliz", declarou.
E abraçou Cuca
Com a classificação estabelecida após cobrança de Róger Guedes, todos os jogadores do Corinthians se dirigiram ao banco de reservas para abraçar Cuca, que fez seu primeiro jogo diante da torcida alvinegra, crítica à sua contratação pelo caso de estupro a uma menor de 13 anos na Suíça, em Berna, no fim dos anos 1980. Cássio evitou entrar em polêmicas, mas estendeu seu apoio ao treinador corintiano.
"Lógico, ele (Cuca) se dedicou, não vou entrar em detalhes, nada, mas um cara que, apesar de tudo, tem lutado para ajudar. Ele não passou pela fase díficil que passamos, mas tentou nos ajudar, tentou guiar e estamos juntos. Vamos juntar porque tem muito trabalho, dedicação, a gente tem muito a melhorar com ele, mas saímos felizes com essa vitória, é uma vitória que dá muita confiança para o decorrer das competições", finalizou o goleiro.
Cuca e mais três jogadores do Grêmio à época foram condenados por ato sexual à vulnerável, mas Cuca jamais cumpriu a pena pelo fato do Brasil não extraditar seus cidadãos.
Nesta semana, uma reportagem do UOL trouxe a palavra do advogado suíço Willi Egloff, que participou do caso, em que ele contesta a fala de Cuca, afirmando que a vítima reconheceu o treinador entre os envolvidos no caso de estupro, além de ter tentado suicídio após o caso. O advogado também afirmou que o sêmen de Cuca foi encontrado em exames realizados pela garota.
Cuca afirmou que não responderia mais sobre o caso sem a presença de seus advogados.