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Blatter critica decisão de realizar a Copa do Mundo de 2030 em seis países

Josias Pereira, com informações da AFP
Sepp Blatter em aparição em julho do ano passado
Sepp Blatter em aparição em julho do ano passadoProfimedia
O ex-presidente da FIFA, Sepp Blatter, criticou a decisão da entidade máxima do futebol mundial de realizar a Copa do Mundo em seis países de três continentes.

Marrocos, Espanha e Portugal foram nomeados como anfitriões do torneio de 2030, enquanto Uruguai, Argentina e Paraguai também sediarão os jogos de abertura para marcar o centenário do torneio, disse a FIFA em um anúncio surpresa na última quarta-feira (4).

A decisão foi criticada por Sepp Blatter, que foi presidente da FIFA de 1998 a 2015, antes de ser destituído após uma investigação de corrupção. "É um absurdo destruir o torneio dessa forma", disse Blatter ao jornal suíço SonntagsBlick.

"As finais da Copa do Mundo devem ser um evento compacto", disse ele, acrescentando que isso era importante para a identidade do evento, para a organização e para os visitantes.

Blatter, que já foi uma das figuras mais poderosas do futebol, já havia criticado a FIFA por ter concedido a Copa do Mundo de 2022 ao Catar, dizendo que o país do Oriente Médio era muito pequeno. 

Para Blatter, de 87 anos, o torneio de 2030 deveria ser realizado na América do Sul. A competição no continente marcaria o 100º aniversário da primeira edição, que foi organizada e vencida pelo Uruguai.

"Por razões históricas, a Copa do Mundo de 2030 deveria ter sido realizada exclusivamente na América do Sul", disse o ex-presidente da FIFA ao jornal.