Marcelo quer ampliar coleção de títulos com taça do Mundial de Clubes pelo Fluminense
Quando um jogador de 34 anos, como foi o caso de Marcelo, deixa um clube da elite europeia depois de 16 anos, o habitual é optar pela aposentadoria ou por empreender aventuras menos ambiciosas em diferentes centros, mas com remuneração generosa e longe da pressão constante por vitórias.
Mas o jogador que durante tanto tempo fez da lateral esquerda do Santiago Bernabéu o corredor central de sua vida não faz parte desse perfil, apesar de uma passagem discreta pelo Olimpiakos após sua saída do clube merengue.
Fome de vitórias
Depois de apenas cinco meses no clube grego, Marcelo voltou para casa, ao Fluminense, onde foi revelado e deu o salto para a Europa em 2006. Com o tricolor, Marcelo vive uma segunda juventude e volta a mostrar uma fome voraz de títulos.
Porque o vencedor de cinco Ligas dos Campeões pelo Real Madrid levou o Fluminense a conquistar sua primeira Copa Libertadores, após a vitória na final sobre o Boca Juniors na final (2-1), num jogo em que foi titular e mostrou que a afinidade de Marcelo com o sucesso não tem prazo de validade.
No Santiago Bernabéu é uma lenda; jogador com mais títulos pelo Real Madrid ao lado do francês Karim Benzema, ganhou além das cinco "Orelhudas" e dos quatro Mundiais, seis Campeonatos Espanhóis, duas Copas do Rei, cinco Supercopas da Espanha e três da Europa.
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Mas foi a Libertadores no Maracanã que levou o tricolor carioca ao torneio que reúne os campeões de cada confederação mundial, além do campeão do país anfitrião, e cuja edição 2023 é disputada na Arábia Saudita.
Algo que dificilmente passaria pela cabeça de Marcelo quando, há um ano, as lesões e a falta de adaptação ao futebol grego não pressagiavam o sucesso atual.
"Primeiro, tínhamos o Campeonato Carioca e logo depois começaríamos a campanha na Libertadores. Ainda era muito cedo. Quando cheguei, ou ainda antes de que eu chegasse, tínhamos esse sonho de ganhar a Libertadores e disputar o Mundial de Clubes.
"Mas, no começo, para ser sincero, pensávamos sobre isso, mas era um sonho muito distante", confessou Marcelo em entrevista concedida à Fifa nesta semana.
"Time de infância"
"Cada Mundial que ganhei pelo Real Madrid teve um sabor diferente. Tive a chance de disputar quatro edições e ganhar as quatro. Agora, tem um sabor especial porque estou disputando o Mundial com o meu time de infância", reconheceu.
Agora Marcelo está a dois jogos de mais um título mundial. O primeiro deles será na segunda-feira (18), nas semifinais contra o egípcio Al-Ahly. Uma vitória pode permitir ao Fluminense um novo duelo entre Marcelo e o técnico do Manchester City, Pep Guardiola, que tantas vezes se enfrentaram com Real Madrid e Barcelona.
"Por respeito aos nossos adversários, nunca digo isso antes de nenhuma competição. Temos o que é preciso para disputar o Mundial de Clubes, para jogar, para lutar pelo título, mas sabemos que existem outras equipes que querem ganhar o Mundial.
"Não sei dizer se vamos ganhar ou não, porque ainda não começamos a nossa campanha, mas estamos com força total e acreditamos muito", disse Marcelo ao ser perguntado se irá levantar o troféu do Mundial de clubes pela quinta vez.