Primeira campeã europeia em 16 anos, a Espanha faz história ao se tornar apenas o segundo país a vencer as Copas masculina e feminina. A outra que possui o feito é a Alemanha. O título premia um trabalho de base brilhante da seleção espanhola, já que elas também são as atuais campeãs mundiais sub-17 e sub-20.
Veja a tabela completa da Copa do Mundo Feminina
Do lado da Inglaterra, a decepção é imensa principalmente pela confiança adquirida com o título da Euro em 2022. Porém, com o quarto lugar em 2019 e o vice-campeonato agora em 2023, as Lionesses se consolidam como uma potência do futebol feminino. A técnica Sarina Wiegman também fica com um gosto amargo pela segunda derrota seguida em finais de Copa do Mundo. Em 2019, a treinadora comandava a Holanda, derrotada pelos Estados Unidos na decisão.
Carmona decide a final
Muito à vontade em campo desde o início, a Espanha buscou controlar o jogo com a posse de bola para tentar tirar o ímpeto das inglesas. Porém, a primeira grande chance foi das Lionesses. Lauren Hemp finalizou dentro da área e explodiu a bola no travessão. Mas, um minuto depois, as espanholas responderam com Alba Redondo, forçando um milagre da goleira Mary Earps.
Com jogadas ofensivas mais bem construídas, as espanholas passaram a ter o domínio até o intervalo, e o gol logo saiu. Subindo pelo lado esquerdo de ataque, a atacante Mariona Caldentey esperou a clássica ultrapassagem de Olga Carmona e rolou rasteiro para a lateral soltar a bomba. Mary Earps não teve chance, e a Espanha colocou a superioridade no placar. No primeiro tempo, a posse de bola ficou em 64% a 36% para o lado espanhol.
Espanha perde pênalti e sofre
Ainda que sem o mesmo domínio da posse na volta do intervalo, a vantagem deu à Espanha mais tranquilidade no começo da segunda etapa, e o controle se manteve. Diante de uma Inglaterra pouco inspirada defensivamente, Jennifer Hermoso, Aitana Bonmatí, Salma Paralluelo e Mariona chegavam à área com muita naturalidade, em troca de passes típica do futebol espanhol.
Em uma dessas chegadas, a bola bateu na mão de Keira Walsh após drible de Mariona. A árbitra assinalou o pênalti após análise no VAR. Hermoso cobrou e parou em defesa de Earps, que sequer deu rebote. Incapaz de matar o jogo, a Espanha picotou os minutos finais e sofreu com o chuveirinho inglês para assegurar a vitória e o título inédito.