A treinadora foi apresentada na tarde desta segunda-feira (18) como a substituta de Jorge Vilda na La Roja. Era para ser o melhor dia de sua carreira profissional, mas nada poderia estar mais longe da verdade.
O momento tão esperado foi adiado devido a uma falta de entendimento entre a Real Federação Espanhola de Futebol e as jogadoras, que terão de decidir se vão comparecer ou se correrão o risco de sofrer uma sanção se ignorarem a convocação. "Sei que elas estarão aqui amanhã", disse a treinadora.
Suas observações iniciais, com a voz um pouco trêmula devido à falta de hábito de exposição pública e à situação difícil, foram as seguintes "É um orgulho e um privilégio estar aqui. As melhores jogadoras se apresentaram para enfrentar essa nova competição. Estamos ansiosas por uma nova fase. Tive a sorte de poder escolher minha equipe técnica, me deram todos os recursos. Vamos criar um ambiente de trabalho profissional e ambicioso.
A treinadora fez referência ao contexto complexo e às exigências da seleção:"Falei com as jogadoras, mas não vou revelar. Tenho toda a confiança nelas. Acho que estamos cercadas por um grupo incrível. O medidor está zerado a partir de hoje".
Ela reconheceu, no entanto, que a situação é "especial e excepcional". E, na mesma linha, acrescentou que a RFEF "trabalhou" para resolver esse problema com foco na "boa comunicação".
Além de confirmar que deixou Jenni Hermoso fora da lista para "protegê-la", ela explicou que sentiu "respeito" e "confiança" de todas as jogadoras internacionais nos últimos cinco anos.
Ela foi ainda mais contundente quando se tratou de expressar seu compromisso com o futuro. "Vamos poder ajudá-las a desenvolver sua profissão como merecem e estamos muito interessadas em fazer parte da mudança", disse Tomé, que deixou claro que não é igual a Jorge Vilda porque sua personalidade é "diferente", além de, segundo ela, possuir outros valores.
Seus aplausos para Rubiales
"Eu me sinto bem; talvez muitas pessoas não me conheçam porque tenho estado nas sombras, mas estou confiante em meu trabalho e estamos realmente ansiosas para poder fazer um bom trabalho. Sou uma pessoa que tem empatia. Gosto de estar perto delas. O que aconteceu é muito desagradável. Também respeito pelo que as outras fazem", acrescentou Montse.
"Eu não estava me sentindo bem naquele dia. Tivemos de vir aqui porque nos disseram para vir. Não me sinto parte disso. As duas vezes que aplaudi foi quando Luis Rubiales disse que éramos campeões mundiais e quando ele me disse que eu seria a técnica.
Quando realmente me senti calma, foi quando publiquei a declaração. Talvez eu não devesse ter feito isso. Aquele momento, a massa social... Depois disso, ficou clara a minha posição. Sinto muito pelo que aconteceu durante todo esse tempo. Isso transcendeu a todos os níveis e não pode ser assim", explicou ela sobre a Assembleia Geral Extraordinária.
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