Marta inicia 'último baile' ovacionada e exaltando Ary Borges: "Honrada em substituí-la"
Em sua sexta Copa do Mundo, a sete vezes eleita melhor jogadora do futebol mundial, foi a campo substituindo Ary Borges, autora de três gols na goleada do Brasil. Uma alteração simbólica promovida pela técnica Pia Sundhage, que já havia anunciado que Marta não começaria como titular da Seleção no Mundial.
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Mas Marta não se importou com a condição secundária deste time canarinho que promete na Oceania. Abraçou seu papel de liderança e exaltou a performance de Ary.
"Feliz demais por ela (Ary). Óbvio que fazer três gols em uma estreia não é tão fácil assim e ela foi abençoada. Na verdade, ela fez três gols e uma assistência. Então, pô, quase quatro, porque aquele ali (o gol de Bia Zaneratto) dava. No caso, se ela não tivesse tido a leitura tão perfeita de ver a Bia ali, ela poderia até ter tentado finalizar", disse Marta, em entrevista após a partida.
"Ela (Ary) foi muito feliz e eu fiquei honrada de ter entrado no lugar dela, acho que fui até mais tranquila, porque entrei naquele momento que o jogo já estava, não digamos praticamente definido, mas, assim, já estava mais tranquilo para o Brasil", reforçou a camisa 10 brasiileira.
Uma seleção que acima de tudo preza pelo coletivo, algo também destacado por Marta, a maior artilheira dos Mundias em toda a história - 17 gols.
"Sem dúvidas, eu acho que o jogo inteiro mostrou isso. Depois que fizemos o quarto gol, a gente foi para cima, tentamos fazer mais, as meninas que entraram, obviamente, estavam com aquela vontade de fazer um golzinho, isso é normal, porque o jogo nos proporcionou essa situação. Mas o que a gente criou hoje foi justamente um trabalho coletivo que estamos fazendo há bastante tempo. Espero que a gente continue assim a Copa inteira e que siga até o final para que possamos conquistar esse título tão sonhado", projetou Marta.