Na partida das quartas de final contra a Colômbia, Nunziata liderou elegantemente vestido em um terno preto. Sua equipe teve um desempenho adequado e, como tem feito desde o início da Copa do Mundo, arrasou os adversários (3 a 1).
As vítimas anteriores foram o Brasil (3 a 2), a República Dominicana (3 a 0) e a Inglaterra (2 a 1). Eles só tropeçaram contra a Nigéria (2 a 0). Agora, o treinador de 55 anos está esperando em Buenos Aires para a semifinal contra a Coreia do Sul com um moletom "Azzurri" (azul).
Sempre calmo e sem pressa, ele falou à AFP sobre seus "bambinos" e sobre Roberto Mancini, o chefe de um projeto que quer levar a Itália de volta a uma Copa do Mundo adulta depois de ficar de fora da Rússia 2018 e do Catar 2022.
Nunziata tem muita experiência para acompanhar esse processo: ele já treinou equipes nacionais sub-21, sub-19 e sub-17.
Também não lhe faltam armas para pensar em levantar o título no estádio Diego Maradona, em La Plata, local das semifinais e da final.
Ao contrário do imaginário popular sobre o jogador italiano, seus jogadores estão tocando a bola com elegância na Argentina, especialmente Cesare Casadei, o artilheiro (seis gols) e estrela da Copa do Mundo.
A seguir, alguns trechos da entrevista:
Pergunta: Sua equipe mantém os princípios do famoso catenaccio italiano (sistema defensivo de jogo)?
Resposta: Não, nós da equipe nacional também estamos procurando melhorar nosso futebol. Em vez de apenas defender, estamos buscando um futebol mais objetivo, um futebol de domínio, um futebol de princípios (de ataque). Acho que esta equipe está expressando essas qualidades.
P: Como você descreveria a sua equipe?
R: "Nossos conceitos sempre foram os mesmos: atuar como uma equipe, ter um objetivo e um estilo de jogo para alcançá-lo. Acreditamos que, no campo internacional, o futebol é um dos melhores do mundo. Achamos que, em um campo internacional, a intensidade é fundamental.
P: A Itália perdeu as duas últimas Copas do Mundo de futebol sênior e deu a impressão de que, depois de uma geração excepcional, houve uma queda.
R: "Infelizmente, o futebol é assim e é preciso aceitar esses acontecimentos. Tenho certeza de que há alguns jovens dos últimos anos que, na minha opinião, também podem dar uma grande ajuda à seleção principal no futuro.
P: Há anos não vemos um grande jogador italiano, há algum problema no treinamento?
R: "Sem dúvida, jogadores como Baggio, Totti, pessoas assim, com grande qualidade, estão em falta, mas acho que também é um fato geracional. Não é por falta de trabalho, é mais porque as crianças estão crescendo de uma maneira diferente.
P: O que o técnico Roberto Mancini achou da sua participação nas semifinais da seleção sub-20?
R: "Falei com ele e ele está muito feliz porque estamos trabalhando em sincronia com todas as outras equipes e com a equipe principal. Portanto, ele está muito feliz.
P: Você vê alguma chance de algum dos seus jogadores chegar à seleção principal?
R: Com certeza. É normal que talvez nem todos, mas certamente há vários jogadores que podem aspirar a isso. Depois disso, também dependerá da evolução da carreira deles. O que podemos fazer