Duas vezes campeã mundial sênior e sete vezes semifinalista da categoria sub-20, incluindo a edição de 2023, a "Celeste" quer levar seu troféu para La Plata, a cerca de 60 km de Buenos Aires.
O pequeno país sul-americano, onde os jogadores de futebol crescem incansavelmente, enfrentará Israel, a primeira equipe do Oriente Médio e do Norte da África a chegar a essa fase desde 2013, a partir das 14h30 (horário de Brasília).
Antes deles, vieram o Catar (1981), o Egito (2011), o Marrocos (2005) e o Iraque (2013). Desta vez, os israelenses estão sorrindo graças a uma geração de talentos inovadores e ao apoio de cerca de 250.000 membros da comunidade judaica que vivem na Argentina.
Também no estádio Diego Armando Maradona, a partir das 18h, a distinta equipe da Itália exibirá seus quatro campeonatos mundiais da categoria adulta e três semifinais da categoria sub-20 contra a Coreia do Sul, um dos países mais avançados do futebol do extremo Oriente.
Confira os jogos do Mundial Sub-20
100% Charrúas x 100% motivados
A equipe uruguaia na Argentina é 100% Charrúa. Um técnico e ex-jogador de futebol como Marcelo Broli e um elenco formado em sua maioria por jogadores da liga local formam uma equipe combativa e corajosa.
Com o jogo coletivo como sua principal virtude, na ausência de grandes estrelas, a Celeste avançou de um grupo que incluía Iraque, Tunísia e Inglaterra, sobreviveu a uma batalha até a morte contra Gâmbia nas oitavas de final e fez pouco caso aos comentários de que os EUA eram os favoritos nas quartas de final.
"Priorizamos o grupo em detrimento do (desempenho) individual e isso se reflete em campo, todos corremos uns pelos outros, pelos nossos companheiros de equipe, não temos bolas perdidas", descreveu o meio-campista Juan Cruz De los Santos sobre sua própria equipe após a partida contra os EUA.
Israel está aproveitando seu momento de fama na Copa do Mundo Sub-20. Com apenas uma participação na Copa do Mundo masculina, no México em 1970, eles estão construindo sua própria história no futebol depois de eliminar o Brasil nas quartas de final.
O atacante Dor David Turgeman e o técnico Ofirm Haim são os grandes ídolos dos descendentes de judeus que vivem na Argentina. Haim também é uma sensação nas mídias sociais. Ele publica fotos, responde aos torcedores e, após a partida contra o Brasil, usou o Facebook para expressar seus sentimentos:
"Só quero agradecer por toda a força que vocês me dão (...) e à minha equipe, que tem muita responsabilidade sobre os ombros", escreveu ele diante do desafio mais difícil de sua carreira, depois de perder a final do Campeonato Europeu Sub-19 para a Inglaterra no ano passado.
Casadei x Choi
A Azzurra não só tem a história mais proeminente entre os semifinalistas da Copa do Mundo, como também entrará em campo em La Plata com o artilheiro do torneio, Cesarei Casadei (6), e o atacante com mais gols (11).
O meio-campista do Chelsea sozinho assusta qualquer adversário, mas o técnico Carmine Nunziata também tem um quarteto no ataque que se encaixa perfeitamente: Casadei, Giuseppe Ambrosino, Francesco Esposito e Tomasso Baldanzi.
Nesta Copa do Mundo, a Itália deu as costas à sua tradição de jogo defensivo e priorizou a boa condução de bola e combinações de passes. Foi assim que eles superaram o Brasil na primeira fase, a Inglaterra nas oitavas de final e a Colômbia nas quartas de final.
"Estamos muito felizes, precisamos continuar assim para a próxima partida (...) Não sei se somos favoritos, mas certamente manteremos nosso espírito elevado", disse Casadei na véspera do jogo.
Embora seja a equipe mais silenciosa das semifinais, a Coreia do Sul não é um grafite na parede. Os Tigres do Leste, atuais vice-campeões, são os únicos semifinalistas que não perderam nenhuma partida e o técnico Kim Eun-jung é conhecido por suas variações táticas.
O zagueiro artilheiro Seok-Hyun Choi e o meio-campista Seung-Won Lee estão prontos para amargar a única equipe europeia ainda viva na Copa do Mundo.
