Atlético-MG decide manter Eduardo Coudet após reunião com presidente
Coudet chegou a dizer que a diretoria do Atlético-MG não cumpriu com o prometido e reclamou do elenco curto e também da falta de contratação de um camisa 9. O comandante argentino também se irritou com vaias de parte da torcida atleticana e toda a fúria de Coudet pós-jogo teria tido como "estopim" um copo de cerveja atirado por um torcedor em sua direção.
"Vaiaram o Patrick, Edenilson, antes Ademir, Nathan, Vargas... Assim, com quem vamos jogar? É normal que joguem cerveja em um treinador com 10 partidas ganhadas e com uma final no domingo? É normal? Pergunto: é normal isso acontecer? Não entendo. O diretor esportivo falou do grupo, me buscaram, teve um tanto de coisa que estava sobre a mesa. Não vim pelo dinheiro, nem por nada, vim pelo desafio esportivo, porque gostei do clube. Mas tudo trocou. Ou vocês não sabem que tudo trocou? Eu fiz as últimas vendas? Eu aprovei alguma venda? Ou não souberam que a última venda não era para acontecer?", reclamou Coudet.
Sérgio Coelho, presidente alvinegro, optou por manter um perfil conciliador no encontro. Existia até mesmo um certo risco de que as partes rompam o contrato antes mesmo da grande decisão do Mineiro no próximo domingo (9), quando o Atlético-MG busca o título em cima do América-MG.
No Atlético-MG, Coudet já disputou 16 jogos, com 10 vitórias, quatro empates e duas derrotas, um aproveitamento de 70,8%.
Reclamações conhecidas
Em sua primeira passagem no futebol brasileiro, Eduardo Coudet deixou o Internacional em 2020 de maneira surpreendente devido às suas reclamações e divergências com a diretoria colorada. E como acontece em Minas, o argentino fez cobranças públicas durante o seu período no Sul, criticando a qualidade do elenco e a falta de contratações.
"Às vezes jogamos o que queremos, às vezes jogamos o que podemos. Quando não temos jogadores (reservas) com as mesmas características (dos titulares), temos de nos adaptar e ser inteligentes para obter o resultado que temos de obter, rodando e vendo quem está melhor. Claro que, quando acumular tudo, vai ser muito difícil. É a verdade. Falo sempre o que penso, ainda que alguns não gostem de escutar. Mas não gosto de mentir", declarou Coudet em novembro de 2020 quando comandava o Internacional.