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Inter condena racismo contra Enner Valencia após eliminação na Libertadores

AFP
Enner Valencia foi chamado de macaco e preto imundo
Enner Valencia foi chamado de macaco e preto imundoAFP
O Internacional condenou as mensagens racistas nas redes sociais contra o atacante equatoriano Enner Valencia, na quinta-feira (5), após a eliminação do clube nas semifinais da Copa Libertadores.

"O Internacional manifesta seu mais veemente repúdio aos ataques racistas dirigidos ao seu jogador Enner Valencia", disse o Colorado em um comunicado.

"O Clube do Povo não tolera qualquer discriminação e, ao mesmo tempo, manifesta sua solidariedade ao jogador e sua família, dando-lhes todo o apoio necessário", acrescentou.

O capitão equatoriano, de 33 anos, foi questionado pelos torcedores do Inter nas redes sociais por ter perdido duas chances claras de gol no jogo de volta da semifinal contra o Fluminense, quando o time perdeu por 2 a 1 (agregado 4 a 3) na quarta-feira, em Porto Alegre.

Mas na rede X (antigo Twitter) os usuários o chamaram de "macaco", "vai comer banana" ou "preto imundo".

"O Inter informa ainda que levará o caso ao conhecimento das autoridades, convicto de que atos nas redes sociais não ficarão impunes", acrescentou o clube na nota.

O preconceito racial pode ser punido com até cinco anos de prisão no Brasil, onde 56% dos 203 milhões de habitantes se identificam como afrodescendentes.

Torcida do Inter se revoltou com gols perdidos por Valencia
Torcida do Inter se revoltou com gols perdidos por ValenciaAFP

Embora as autoridades do futebol tenham endurecido as sanções contra esse flagelo, atos discriminatórios continuam a ocorrer no último país das Américas a abolir a escravidão, em 1888.

De acordo com uma pesquisa recente, 41,8% dos jogadores ou trabalhadores negros do futebol brasileiro disseram ter sido vítimas de racismo durante seu trabalho na modalidade.