Inter condena racismo contra Enner Valencia após eliminação na Libertadores
"O Internacional manifesta seu mais veemente repúdio aos ataques racistas dirigidos ao seu jogador Enner Valencia", disse o Colorado em um comunicado.
"O Clube do Povo não tolera qualquer discriminação e, ao mesmo tempo, manifesta sua solidariedade ao jogador e sua família, dando-lhes todo o apoio necessário", acrescentou.
O capitão equatoriano, de 33 anos, foi questionado pelos torcedores do Inter nas redes sociais por ter perdido duas chances claras de gol no jogo de volta da semifinal contra o Fluminense, quando o time perdeu por 2 a 1 (agregado 4 a 3) na quarta-feira, em Porto Alegre.
Mas na rede X (antigo Twitter) os usuários o chamaram de "macaco", "vai comer banana" ou "preto imundo".
"O Inter informa ainda que levará o caso ao conhecimento das autoridades, convicto de que atos nas redes sociais não ficarão impunes", acrescentou o clube na nota.
O preconceito racial pode ser punido com até cinco anos de prisão no Brasil, onde 56% dos 203 milhões de habitantes se identificam como afrodescendentes.
Embora as autoridades do futebol tenham endurecido as sanções contra esse flagelo, atos discriminatórios continuam a ocorrer no último país das Américas a abolir a escravidão, em 1888.
De acordo com uma pesquisa recente, 41,8% dos jogadores ou trabalhadores negros do futebol brasileiro disseram ter sido vítimas de racismo durante seu trabalho na modalidade.