Jogos de volta das semifinais da Libertadores prometem fortes emoções
O Palmeiras chegou a 10 jogos consecutivos sem derrota (sete vitórias e três empates) em Buenos Aires na quinta-feira. O empate em 0 a 0 na La Bombonera agora precisa ser transformado em vitória quando o time receber os xeneizes em São Paulo.
Acostumado a controlar o ritmo do jogo, o Verdão do técnico português Abel Ferreira manteve um plano cauteloso para lidar com o Boca, que, apesar de sua exibição dinâmica e dominante, não conseguiu sair com a vitória.
"Agora temos que acreditar. O Boca tem as mesmas aspirações que nós, mas agora estamos jogando em casa. Conhecemos bem a nossa casa e faremos de tudo para chegar à final, porque é isso que pretendemos fazer desde o primeiro dia", disse o técnico português de 44 anos.
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Abel busca o tri
Com Ferreira no banco, o Palmeiras venceu a Libertadores em 2020 e 2021, e em 2022 perdeu nas semifinais para o Athletico Paranaense. A primeira Copa do Verdão foi em 1999, com Luiz Felipe Scolari como técnico.
Naquela que foi considerada a melhor atuação do Boca na era Almiron - chegou a 35 jogos no comando contra o Palmeiras desde que assumiu o cargo no início de abril -, o Xeneize fez de tudo para vencer diante de sua exigente torcida, obcecada em erguer o sétimo troféu da Libertadores para empatar com o Independiente como os maiores vencedores de todos os tempos da competição.
Quem vencer, leva
O empate em 0 a 0 deixou a série em aberto, e agora a batalha se deslocará para o majestoso Allianz Parque, em São Paulo, casa do Palmeiras, onde enfrentarão um grande obstáculo: o gramado sintético. A partida acontece nesta quinta-feira (5).
"Merecíamos ter vencido, pelo menos com uma diferença mínima", disse Jorge Almiron. "Agora estamos indo para a casa deles e também temos jogadores que estão acostumados a jogar em gramados difíceis", disse ele.
O Boca, para sua infelicidade, irá a São Paulo com uma dor na consciência: a derrota de domingo por 2 a 0 em La Bombonera para o arquirrival River Plate, um jogo em que o time entrou em campo com dez reservas e acabou jogando sem sucesso com a equipe principal.
A uma vitória da final
A apenas quatro pontos da zona de rebaixamento do Brasileirão, o Inter apostou todas as fichas para chegar à final da Libertadores no Maracanã.
E uma dessas apostas foi a entrega do comando do Colorado ao argentino Eduardo "Chacho" Coudet, em meados de julho.
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O River Plate, nas oitavas de final, e o Bolívar, nas quartas de final, apareceram no caminho para a Copa Libertadores. Ambos foram eliminados. E nas semifinais foi a vez do Fluminense, que empatou em 2 a 2 na última quarta-feira em uma partida emocionante no próprio Maracanã. A volta acontece nesta quarta (4).
"Estamos a uma vitória da final jogando em casa. É uma realidade boa e positiva. Estou com esse sentimento positivo. Vamos jogar no Beira-Rio com a nossa torcida e vamos nos preparar para fazer um grande jogo como na ida", disse Coudet.
Contra o Dinizismo
Bicampeão da Libertadores (2006 e 2010), o Inter conseguiu colocar o Fluminense, um dos poucos grandes times brasileiros que nunca venceram a principal competição de clubes da América, nas cordas.
Sob o comando de Fernando Diniz, que combina a função de treinador do Flu com a de técnico da Seleção Brasileira, o Fluminense ostenta um estilo de "jogo bonito" que levou a resultados valiosos tanto no Brasileirão quanto na Libertadores, e que foi rapidamente apelidado de "Dinizismo" por seus torcedores.
Mas Coudet parece ter encontrado o encantamento contra essa expressão futebolística.
"Não se pode prever ou antecipar o que vai acontecer. Temos que estar preparados para tudo o que o Inter pode fazer no jogo", enfatizou Diniz.