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Técnico do Boca subiu no muro, por mais de uma vez, durante a Libertadores

Almirón chegou para comandar o Boca no meio da temporada
Almirón chegou para comandar o Boca no meio da temporadaProfimedia
O Boca Juniors teve seus méritos para chegar à final da Libertadores, com a decisão acontecendo no próximo sábado (4), às 17h (horário de Brasília) contra o Fluminense, no Maracanã.

Ao mesmo tempo, não é exagero citar um certo "trancos e barrancos" sobre a presença argentina na decisão. Afinal, foram seis empates nos playoffs da Liberta, se classificando para cada fase seguinte somente após a disputa de penalidade.

Momentos tensos, como contra Racing (quartas de final) e Palmeiras (semifinal), aconteceram, deixando a presença do treinador Jorge Almirón por um fio.

Contratado pelo Boca em abril de 2023, ele veio para substituir o ex-jogador Ibarra, "vencendo" uma concorrência com outros nomes bem mais pesados que foram especulados, como José Pekerman e até Felipão. A não possibilidade de acerto fez o Boca mirar em Almirón para tentar dar um novo direcionamento ao time na temporada. 

Boca tem oscilado sob o comando de Almirón
Boca tem oscilado sob o comando de AlmirónFlashscore

Pesou para a contratação do treinador seu currículo. Em 2017, ele teve campanha de sucesso ao levar o Lanús à final da Libertadores de 2017, eliminando o River na semifinal antes de perder a decisão para o Grêmio. Até hoje, o time é considerado o melhor da história do Lanús. 

O caminho para chegar no torneio continental foi marcante para clube e treinador. Em 2016, eles faturaram o Campeonato Argentino, antes da Copa Bicentenário e da Supercopa da Argentina no ano seguinte. Os títulos o fizeram ser o técnico mais vencedor da história do clube.  

Queda livre

Após este desempenho, o treinador não conseguiu repetir o momento favorável. Na segunda de duas passagens pelo Elche, da Espanha, por exemplo, durou apenas 5 jogos (dois empates e três derrotas).

Ele também voltou a treinar o Lanús, sem o mesmo desempenho, situação que se repetiu no Atlético Nacional, da Colômbia, no San Lorenzo e no Al-Shabab, da Arábia Saudita. 

Apesar disso, ele seguiu tendo a admiração de Juan Román Riquelme, vice-presidente do Boca, que bancou sua contratação. Almirón chegou a ser cotado para assumir a seleção argentina após a saída de Jorge Sampaoli, em 2018, vendo o presidente argentino, Mauricio Macris, elogiar seu estilo de jogo. 

A opção da AFA (Associação de Futebol Argentino), no entanto, foi de Lionel Scaloni, que levou a Albiceleste ao título da Copa do Mundo do Catar. 

Almirón estaria fora do Boca se eliminação na Libertadores tivesse acontecido
Almirón estaria fora do Boca se eliminação na Libertadores tivesse acontecidoProfimedia

Desconfiança

A sua chegada ao Boca foi recebida com críticas e olhares não muito agradáveis por parte da crítica e da torcida, que contavam com outras opções. 

"O trabalho do Almirón pode ser considerado bom e só. Apesar de sua influência para o Boca estar na decisão, ele se equivocou em propostas e em substituições em momentos fundamentais. De alguma maneira, isso vai na direção contrária dos elogios que alguém pode fazer ao treinador. Contra Racing e Palmeiras, estava tudo pronto para que, se o Boca não se classificasse, o treinador fosse despedido. 

"A única coisa que o mantém no cargo são os resultados. Ao meu ver, não é o ideal para uma equipe em qualquer esporte, ter como critério fundamental de manutenção de treinador os resultados. Quando isso acontece, existem boas chances de não sobrar nada quando os resultados se forem", analisa Pablo Lisotto, repórter do La Nación, jornal argentino de Buenos Aires. 

Acompanhe a final da Libertadores pelo Flashscore

Futebol do Boca não tem agradado crítica e torcida
Futebol do Boca não tem agradado crítica e torcidaProfimedia

Erro desde o começo

Para o jornalista, o caminho ideal seria Almirón chegar no começo da temporada, tendo tempo suficiente para montar o elenco, escolher os jogadores de sua confiança e ter algumas semanas para implementar sua filosofia de trabalho.

"Ele chegou no meio do campeonato, perdeu-se muito tempo. Não teve pré-temporada para trabalhar e se adaptar, teve que colocar a Ferrari pra caminhar com o carro andando. A verdade é que seu trabalho é pouco vistoso, até mesmo mesquinho", pontua Lisotto.

Ele lembrou de jogos onde a casualidade fez a diferença, como a vitória sobre o Deportivo Pereira, na fase de grupos da Libertadores, em casa, quando os gols do triunfo vieram aos 44 e 54 minutos do segundo tempo. "Foi uma das piores partidas do Boca na temporada. A sorte foi ter caído em um grupo acessível", revela Lisotto.