A denúncia do ex-jogador da seleção colombiana ocorre em um momento em que o racismo no futebol é altamente visível em todo o mundo, devido aos ataques ao brasileiro Vinicius Jr., do Real Madrid, que relatou ter sofrido insultos no último fim de semana contra o Valencia, pelo Campeonato Espanhol.

"Não estamos melhorando como humanidade, é um desastre o que está acontecendo no mundo inteiro. É triste virmos aqui e acontecer isso. Não estou dizendo que perdemos por causa das pessoas, mas a questão do racismo é cansativa", disse Rodallega à transmissão oficial após a partida.

"Ser chamado de macaco, ser chamado de negro, é desrespeitoso. É triste", acrescentou Rodallega, que deu a entender que os insultos ocorreram durante uma briga no final do primeiro tempo, quando Felipe Sanchez, do time da casa, e Wilson Morelo, do time visitante, foram expulsos.

O jogador confessou sentir "tristeza" quando as pessoas lançam tais insultos.

"Não me dói o fato de termos perdido, porque você pode perder no último minuto. Em Bogotá, ganhamos no último minuto, e eles estão saindo hoje com esse tipo de sorte", disse o experiente meio-campista de 37 anos.

"Mas me dói o que aconteceu no estádio, no ambiente, porque nós os tratamos bem em Bogotá, nós os respeitamos, e eles não nos respeitaram hoje, e isso me deixa triste", concluiu Rodallega.

A partida entre Santa Fé e Gimnasia, válida pela quarta rodada do Grupo G da Copa Sul-Americana, não tinha antecedentes até que um tumulto eclodiu na área colombiana, e o árbitro Angel Arteaga ordenou a expulsão de Sánchez e Morelo, além dos técnicos de ambas as equipes, Sebastián Romero e Gerardo Bedoya.

Como parte do tumulto, Rodallega foi visto discutindo e empurrando o técnico Romero, embora apenas o técnico argentino tenha sido expulso pela briga.

Na Espanha, o caso envolvendo Vinicius Jr. levou a polícia daquele país a prender sete pessoas, acusadas de agressão racista contra o astro do Real Madrid e por supostamente pendurar uma imagem do jogador em uma ponte de rodovia.