Espanha vence Inglaterra em Berlim e conquista tetracampeonato da Eurocopa
Os gols do título espanhol foram marcados por Nico Williams e Oyarzabal. Cole Palmer foi às redes para a seleção inglesa, que mais uma vez desapontou seu torcedor. O futebol segue sem voltar para casa, mas retorna a um local onde está mais do que habituado.
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A Espanha foi absoluta durante a Eurocopa, vencendo os sete jogos que fez e deixando pelo caminho quatro seleções campeãs do mundo - Itália, Alemanha, França e Inglaterra.
Além disso, pela primeira vez na história, uma seleção europeia venceu quatro finais consecutivas de grandes torneios - Euros 2008, 2012 e 2024, além da Copa do Mundo de 2010. Essa mesma Espanha também é a atual campeã da Liga das Nações da UEFA. Os reis da Europa.
Primeiro tempo de pouca inspiração
Não foi um grande primeiro tempo em Berlim. A Espanha teve amplo controle da bola, chegando a ter 85% de posse em determinado período da etapa inicial. Todavia, La Roja não conseguiu converter tamanha imposição em chances claras, com os ingleses destacando-se pela forte defesa e a pouca inspiração ofensiva.
A única finalização em direção ao gol do primeiro tempo só foi acontecer próxima ao intervalo, com Phil Foden arrematando depois de levantamento para a área. Unai Simón fez uma tranquila defesa.
Espanha abre a contagem
A volta para o segundo tempo trouxe uma notícia ruim para a torcida espanhola. Rodri, o termômetro do meio de campo de La Roja, deixou o campo lesionado para a entrada de Zubimendi. Mas a baixa não tirou o ímpeto de uma Espanha vertical e pronta para aproveitar a chance que precisava.
Com dois minutos da etapa final, Lamine Yamal recebeu na ponta direita, teve tranquilidade para levantar a cabeça e rolar para a chegada de Nico Williams. Uma finalização certeira, que estufou as redes de Pickford.
A quarta assistência de Yamal, o garçom da competição, para transformar Nico Williams, aos 22 anos, no segundo jogador mais jovem a marcar em uma decisão de Eurocopa, ficando atrás apenas do italiano Pietro Anastasi, em 1968.
Southgate tinha um plano
A Inglaterra ficou conhecida pela resiliência durante a Euro deste ano e, mais uma vez, não se intimidou com o fato de ter saído atrás no placar. Southgate precisou mudar a rotação de seu time e confiou na estrela de seus reservas.
Na semifinal, Ollie Watkins foi o herói inglês. Ele voltou a substituir Harry Kane na partida deste domingo. Mas quem atendeu ao chamado e recolocou a Inglaterra na partida foi Cole Palmer.
Aos 28 minutos, em jogada de Saka pela ponta direita, Bellingham ajeitou para o arremate do jogador do Chelsea. Palmer finalizou da entrada da área e mandou no canto de Unai Simón.
A Espanha tinha Oyarzabal
O gol da Inglaterra deixou o jogo aberto. E o cansaço começou a ficar visível. Naquela tensão que tomava conta do estádio Olímpico, estava evidente que qualquer erro poderia ser fatal. A Espanha flertava com o gol. Lamine Yamal tinha colocado Pickford para fazer dois milagres.
Mas, aos 41 minutos da etapa final, a Inglaterra não escapou do seu destino e viu seu jejum ser ampliado de forma brutal. Cucurella recebeu na esquerda e cruzou rasteiro para a finalização de Oyarzabal, no meio da defesa dos Três Leões. O gol que selou o tetracampeonato europeu de La Roja, marcado pelo atacante da Real Sociedad que tinha entrado no lugar do capitão Morata.
A Inglaterra tornou-se a primeira seleção da história a não conquistar a Eurocopa chegando de forma consecutiva a duas finais do torneio. Uma atuação muito mais pobre do que a apresentada em Wembley, na última edição.