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Justiça francesa investiga jogador do Nice por "apologia ao terrorismo"

AFP
Youcef Atal pediu desculpas por postagem que incitava violência contra judeus
Youcef Atal pediu desculpas por postagem que incitava violência contra judeus Profimedia
A justiça francesa anunciou nesta segunda-feira (16) uma investigação por "apologia ao terrorismo" contra o jogador argelino Youcef Atal, do Nice, após uma polêmica publicação nas redes sociais sobre o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas.

O Ministério Público de Nice informou em um breve comunicado que a investigação foi aberta também por "incitação ao ódio e à violência por conta de uma determinada religião".

Desde o sábado, muitas vozes reagiram para denunciar um vídeo publicado por Atal em sua conta no Instagram, no qual um orador faz comentários antissemitas e incentiva a violência.

A publicação foi excluída pelo jogador, que depois se desculpou, e a AFP não pôde verificar seu conteúdo de maneira independente.

No domingo, a Federação Francesa de Futebol (FFF) informou que seu conselho de ética vai investigar Atal.

"A incitação à violência é contrária à ética do nosso esporte e aos valores que o futebol defende incessantemente", disse o presidente da FFF, Philippe Diallo.

"Estou ciente de que minha publicação afetou várias pessoas, o que não era minha intenção e peço perdão", declarou o jogador em seu pedido de desculpas.

"Condeno com firmeza qualquer forma de violência, onde quer que seja no mundo, e apoio todas as vítimas. Jamais apoiaria uma mensagem de ódio. A paz é um ideal no qual acredito firmemente", acrescentou Atal.

Mas suas desculpas não diminuíram as críticas. Em um comunicado, o senador francês Stéphane Le Rudulier pediu ao Nice a exclusão do jogador e à ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castéra, que sejam aplicadas "sanções exemplares e históricas".

Nesse contexto, Jean-Clair Todibo, companheiro de clube de Atal, terá que dar explicações à FFF depois de ter sido filmado sorrindo durante o minuto de silêncio respeitado em memória das vítimas do conflito antes do jogo entre França e Holanda, na última sexta-feira, pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2024.

A França, que acolhe a maior comunidade judaica da Europa, deteve no dia 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel, pelo menos 100 pessoas por atos antissemitas e apologia ao terrorismo, informou nesta segunda-feira o ministro do Interior, Gérald Darmanin.