Os títulos não são obra do acaso. Eles comprovam um trabalho de transição que De la Fuente instalou e aperfeiçoou na seleção da Espanha, tendo como prioridade o olhar atento às categorias de base e a introdução destas peças dentro de um processo natural de encaixe na seleção principal.
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Luis de la Fuente foi apenas um modesto jogador, sem tantas glórias dentro do futebol do seu país. Mas encontrou prazer na casamata, especialmente trabalhando na Real Federação Espanhola de Futebol, onde iniciou sua trajetória em 2013. Ou seja, ele está vinculado à associação há mais de uma década e empilhou títulos desde então.
Começou no Sub-19, quando sagrou-se campeão europeu em 2015. Três anos depois, faturou os Jogos Mediterrâneos com a Espanha Sub-18. Naquele ano de 2018, ele foi promovido ao time Sub-21. Em 2019, no seu novo cargo, conquistou a Eurocopa com suas jovens estrelas.
Já em 2021, foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Tóquio, perdendo a final para a Seleção Brasileira.
Sua trajetória o conduziu para o principal cargo do futebol espanhol em 2023, quando acabou escolhido por meio de votação interna por "conhecer o presente e o futuro do futebol espanhol".
Não à toa, deixou isso implícito no talentoso grupo de jogadores que levou à Alemanha neste verão para a disputa da Eurocopa. Transitando entre a experiência de peças como Jesús Navas e a juventude de Lamine Yamal e Nico Williams, De la Fuente adicionou um tempero especial à essa mistura roja.
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O resultado não poderia ter sido outro. Terminou com a Espanha servindo entretenimento em uma jornada memorável. Uma seleção que rompeu com o pragmatismo do tiki-taka e passou a apostar em um estilo mais agressivo e vertical.
Além disso, soma-se às suas características a fama de bom gestor de grupo e a devoção às suas ideias de jogo, priorizando sempre a liberdade dentro de um contexto de ordem. Um mix perfeito que fez da Espanha a grande campeã europeia em 2024.