Rodri, de 28 anos, fundamental para as recentes conquistas do Manchester City, está vivendo seu melhor momento como jogador na Euro da Alemanha, com atuações importantes nos raros, mas perigosos, momentos de descontrole da Espanha durante o torneio.
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Um exemplo perfeito ocorreu nas oitavas de final, segundos após a Geórgia ter assumido uma surpreendente liderança. Insegura com esse revés, a Espanha começou a acumular contra-ataques e a tomar decisões precipitadas.
Mas surgiu a figura do segundo capitão, que às vezes até parava com a bola nos pés para diminuir o ritmo. Com os companheiros de equipe mais tranquilos, o próprio Rodri encontrou uma chance na entrada da área para empatar e colocar o placar em 4 a 1.
"Às vezes, 30 segundos de calma são mais produtivos do que atacar novamente", resumiu ele na coletiva de imprensa após ser eleito o Craque do Jogo da UEFA.
Com um lugar regular no time titular do técnico Luis de la Fuente, Rodri está a apenas um jogo de seu segundo título em uma equipe nacional onde ele finalmente alcançou o destaque que tem em nível de clube.
Herdeiro de Busquets
O madrilenho jogou seu melhor futebol nas duas últimas temporadas, nas quais provou ser o membro por excelência da equipe de Pep Guardiola no Manchester e uma garantia absoluta: Rodri ficou 74 jogos invicto entre fevereiro de 2023 e maio de 2025, com a equipe perdendo apenas quando ele não estava em campo.
No mesmo período, ele herdou o lugar de Sergio Busquets na Espanha, depois que o atual jogador do Inter Miami se aposentou da seleção após a Copa do Mundo de 2022.
No Catar, Luis Enrique havia colocado Rodri na zaga para possibilitar a coexistência dos dois jogadores em campo, mas após a saída de Busi da seleção, ele conseguiu o mais difícil: manter o time com uma peça fundamental no meio de campo desde a Copa do Mundo de 2010.
Rodri foi eleito o melhor jogador da Final Four da Liga das Nações, vencida pela Roja em 2023, e um ano depois ele jogará a final da Euro.
"Ele é o melhor em sua posição, pode fazer tudo. Ele tem qualidade, lê o jogo e mostra mentalidade. Ele está sempre pronto", disse Guardiola em abril.
Líder no vestiário
Mas não é apenas pelas suas qualidades táticas que ele se destaca, mas também pelo peso que adquiriu no vestiário da Espanha. Rodri é um dos capitães da seleção nacional, atrás de Álvaro Morata, e tem agido como tal em campo, comunicando-se e dando instruções aos companheiros de equipe.
"Estou muito orgulhoso do jogador que me tornei e não apenas no campo. Gosto do que represento para os meus companheiros de equipe, que eles me ouçam no vestiário e nos treinos. Eu gosto disso", resumiu ele antes do torneio em uma entrevista ao L'Équipe.
Seis anos depois de estrear na seleção principal sob o comando de Julen Lopetegui, o madrilenho é essencial para o presente e o futuro da Espanha sob o comando de Luis de la Fuente.
Nove anos atrás, o técnico e o meio-campista venceram juntos a Euro Sub-19 de 2015. No domingo, na final da Euro contra a Inglaterra, Rodri pode levar a Espanha de volta às alturas do futebol mundial.