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UEFA revelará sedes das Eurocopas de 2028 e 2032 nesta terça-feira (10)

AFP
A próxima Eurocopa, em 2024, será disputada na Alemanha
A próxima Eurocopa, em 2024, será disputada na AlemanhaProfimedia
Que países sucederão à Alemanha, anfitriã da Euro 2024? Na terça-feira (10), tudo indica que a UEFA atribuirá a edição de 2028 ao Reino Unido e à Irlanda, e a edição de 2032 a uma opção mais experimental, composta por Itália e Turquia.

Como em todas as escolhas deste calibre, o grupo executivo da UEFA se reuniu à porta fechada na sede da entidade que governa o futebol europeu, às margens do Lago Genebra, em Nyon (Suíça), antes de anunciar a dupla decisão, em uma breve cerimônia. 

Os anúncios vêm uma semana depois do acordo inédito anunciado pela FIFA na última quarta-feira (3) para a Copa do Mundo de 2030. A competição contará com uma organização conjunta Marrocos-Portugal-Espanha, que prevê as três primeiras partidas em Argentina, Uruguai e Paraguai, inicialmente candidatos junto com o Chile.

Grande acordo

As cinco federações das Ilhas Britânicas (Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e República da Irlanda) também ansiavam pela Copa do Mundo de 2030, após as tentativas frustradas da Inglaterra de organizá-las em 2006 e 2018. Mas, no início de 2022, optaram por focar na edição de 2028 da Eurocopa, “o terceiro maior evento esportivo do mundo”, que oferece “um retorno de investimento semelhante” a uma Copa do Mundo, explicaram.

Se o aspecto globalizador da Copa do Mundo parece ter atingido seu ápice, passando de 32 para 48 seleções e 104 partidas a partir de 2026, a Eurocopa mantém 24 seleções (desde 2016), com 51 partidas distribuídas em 10 estádios.

Já grandes favoritos a conquistar a sede, o Reino Unido e a Irlanda também ficaram sem rivais quando a Turquia – candidata vencida em todas as edições desde 2008 – jogou a toalha para 2028, apostando tudo numa candidatura conjunta com a Itália para 2032, conforme anunciado em julho.

A Rússia esteve prestes a apresentar uma candidatura por 2028 e 2032 em março de 2022, poucos dias após a invasão da Ucrânia, mas as suas candidaturas foram rapidamente consideradas inaceitáveis ​​pela UEFA.

Coerência geográfica

Itália e Turquia, ao optarem por unir forças no verão passado, também parecem perto de serem escolhidas, embora a UEFA tenha de alterar o seu regulamento, que ainda reservava organizações conjuntas de competições apenas para “países vizinhos”.

"Distribuir o fardo de uma organização faz sentido, especialmente em um contexto em que as populações locais esperam uma redução no impacto das grandes competições. Mas a coerência geográfica é necessária", resume Ronan Evain, que apela à UEFA para analisar "a questão humana, direitos e cultura policial" nas eleições dos países organizadores.