Brasil volta a se virar sem Marta, atropela Espanha e está na final do futebol feminino
A meta, agora, é superar os resultados de Atenas 2004 e Pequim 2008, quando o time terminou na segunda posição, perdendo para os EUA, adversário da grande final desta edição. A decisão será no sábado (10), em busca do inédito ouro.
O Brasil confirmou, com este resultado, uma campanha de recuperação, que passou perto de voltar para casa de forma precoce. As derrotas para Japão e Espanha, ainda na primeira fase, deixaram a missão de se classificar bem difícil.
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Ajuda crucial das próximas adversárias
Uma vitória dos EUA na fase de classificação ajudou na presença verde-amarela nas quartas de final, quando um novo futebol começou a ser apresentado. A vitória contra a França, por 1 a 0, sem a craque Marta, colocou a Espanha novamente no caminho do Brasil.
O pedido da CBF e do COB para contar com Marta, suspensa por dois jogos, não foi aceito, com o Brasil precisando se virar, contra as atuais campeãs mundiais, novamente sem uma de suas principais peças, além das lesionadas Tamires e Antônia. A eficiência brasileira (e uma boa dose de sorte) ajudaram no resultado positivo, que deixaram as favoritas da La Roja pelo caminho.
Bons ventos desde o início
O cenário do começo do jogo foi favorável para o Brasil. Com apenas cinco minutos, a goleira Cata Coll, pressionada por Priscila, foi sair jogando com um chutão. O azar foi ter a zagueira Paredes na sua frente, com a bola explodindo na defensora antes de cruzar a linha para fazer o placar ser aberto com um gol bizarro.
Veja os detalhes de Brasil x Espanha
Depois de ter aberto o placar, o Brasil teve dificuldades para manter a posse de bola. A Espanha aproveitou para dominar as ações e levar perigo. A Seleção chegou a ter boas chances em rápidas escapadas, mas pecando na hora de finalizar.
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Aos 36 minutos, Priscila teve chance de ouro, ficando na cara da goleira e finalizando pra fora. Nos acréscimos do primeiro tempo, o Brasil, finalmente, mostrou eficiência para ir para o vestiário com um 2 a 0 no placar.
O passe de Yasmin, pela esquerda, foi preciso e encontrou Gabi Portilho, em posição bem ajustada, para mandar para o fundo das redes com um único toque.
Vingança confirmada (com emoção)
O Brasil começou bem o segundo tempo, tendo chance de matar o jogo com Portilho em nova falha da defesa espanhola. La Roja não tinha outra opção a não ser ir pra cima, tendo o relógio jogando contra suas pretensões.
O time europeu fez mudanças e buscou as alternativas que eram possíveis diante de um Brasil bem postado na defesa, postura determinante para segurar o resultado. Uma das grandes favoritas ficou perto de ser despachada de vez com o terceiro gol de Adriana em contra-ataque mortal.
A Espanha não desistiu e encontrou, perto dos acréscimos, seu primeiro gol, indo pra cima com tudo nos instantes finais, chegando a acertar a trave de Lorena antes dos 45 minutos. O Brasil sofreu menos do que era esperado quando a defesa da Espanha voltou a dar um grande presente para Kerolin fazer o quarto e decretar a classificação.