O Atlético de Madri enfrentou o teste mais difícil de toda a pré-temporada contra o Manchester City, campeão da Liga dos Campeões, aquela fase preliminar da temporada em que o resultado é o menos importante.

Se tivéssemos que adivinhar se era um amistoso apenas olhando as escalações, especialmente a do time inglês, teria sido difícil acertar. 

Pep Guardiola decidiu usar Erling Haaland, Rodrigo Hernandez, Bernardo Silva, Phil Foden, Kyle Walker e o restante de seu arsenal mais do que familiar.

Contra eles, Diego Pablo Simeone optou por Jan Oblak, o recém-chegado Caglar Söyuncü e Antoine Griezmann. Entre outros nomes de maior destaque, Álvaro Morata, podendo se despedir do clube em breve, e Samuel Lino.

Resistência e contra-ataque

A posse de bola era favorável aos Citizens, como era de se esperar, mas não foi assim por muito tempo.

Alvarez e Haaland enviaram dois avisos iniciais na forma de chances. Aos poucos, a equipe espanhola começou a melhorar depois de ser pressionada por um adversário que veio pronto para atacar. 

Os reis da Inglaterra pressionavam e árbitro anulou o gol de Rodri por falta em Oblak.

Foi a confirmação mais clara de que o perigo poderia se transformar em gol. O goleiro apareceu novamente para manter o placar empatado.

Uma transição muito vertical de Lino, que Thomas Lemar não conseguiu finalizar, animou ainda mais os colchoneros, que foram para o intervalo com um placar de 0 a 0.

Guardiola e Simeone, como se estivessem em um pacto, tiraram seus goleiros titulares para o próximo ato. E não demorou muito para Stefan Ortega brilhar com uma defesa espetacular para impedir a tentativa de Lino, de volta do Valencia por empréstimo.

Uma revolução bem-sucedida

Por volta da marca de uma hora, os dois técnicos mudaram os onze jogadores. Foi um dos novos contratados, Memphis Depay, que venceu Ortega com um gol fantástico em uma ação com dois jogadores (Angel Correa e Pablo Barrios) desempenhando um papel de apoio. 

O holandês chegou perto de fazer o 2 a 0, enquanto os donos da Premier League tentavam deixar o nervosismo de lado. Yannick Carrasco, em uma de suas jogadas favoritas, marcou o segundo gol , confirmando que o time ainda tem muito futebol para dar.

O Atleti estava dominando graças à sua eficiência e à lufada de ar fresco trazida por aqueles que saíram do banco. Rubén Dias venceu Ivo Grbic com um salto poderoso em uma bola parada para alimentar as esperanças de evitar a primeira derrota na pré-temporada após as vitórias sobre Yokohama e Bayern de Munique.

Mas a vitória inglesa não veio e eles não tiveram outra escolha a não ser elogiar um adversário sempre caracterizado pelo pragmatismo.