Cabeção, o brasileiro que iniciou a saga no Barcelona que segue com Vitor Roque
Vitor Roque participou de sua primeira sessão de treinamento com o Barcelona na sexta-feira (29) e é o principal foco de atenção antes dos próximos jogos.
No entanto, ele chega ao Barcelona sem muito ritmo de competição devido a uma lesão que sofreu semanas atrás e também não tem experiência na Europa. Não parece ser uma boa ideia sobrecarregá-lo com responsabilidades. Xavi Hernández será o responsável por gerenciá-lo.
Incluindo o ex-jogador do Athletio-PR, já são 47 os brasileiros que jogaram no Barcelona, sendo Ronaldinho, Romário, Rivaldo e Ronaldo as principais referências.
É claro que também há jogadores que passaram sem glória, como é o caso de Roberto Dinamite, que entrou no time na temporada 1979/80 e não conseguiu ter o mesmo desempenho que teve no Vasco da Gama, onde ainda é uma lenda. Ele morreu no início de 2023, vítima de câncer no intestino.
Mas o primeiro de todos foi Lucídio Batista da Silva. Dois outros compatriotas, Fausto dos Santos e Jaguaré Becerra, vestiram a camisa antes, embora apenas em amistosos (os regulamentos da época não permitiam suas presenças em jogos oficiais).
Nascido no Rio de Janeiro em 25 de novembro de 1922, ele jogou no Palmeiras e no Peñarol antes de chegar ao Barcelona em 1947. De acordo com o próprio Barça, ele se destacou "por seu talento natural e sua grande técnica".
Muito talento e pouco sacrifício
Cabeção não só chamava a atenção no gramado, mas também fora dele. Ou assim diziam seus contemporâneos. Ele tinha muito talento, mas faltava-lhe sacrifício, portanto não era exatamente um jogador que marcaria época.
Mesmo assim, fez três gols que contribuíram para o título do campeonato. O fato de estar disputando a vaga de titular com César Rodríguez, o segundo maior artilheiro da história do clube, também não ajudou.
Lucídio passou apenas uma temporada na Catalunha. De lá, foi para o Porto, mas sua experiência no país vizinho terminou muito cedo. Ele pendurou as chuteiras aos 27 anos, após retornar ao Palmeiras.
Longe de ter sua vida estabilizada financeiramente, começou a trabalhar como policial da brigada aduaneira e de diversões em São Paulo, onde faleceu em agosto de 2005, apenas meio ano após o nascimento de Roque.