Polícia prende 7 suspeitos de racismo contra Vinícius Júnior
As detenções aconteceram dois dias após o craque brasileiro, de 22 anos, ter sido alvo de novos insultos racistas durante uma partida do campeonato espanhol em Valencia, o que provocou uma onda de indignação em todo o planeta.
As quatro pessoas detidas em Madri são consideradas supostamente responsáveis por um "crime de ódio", afirmou a polícia espanhola em um comunicado. Três são "membros ativos de um grupo radical de torcedores de um clube madrileno", acrescenta a nota.
O boneco, que tinha um uniforme Vini Jr., foi pendurado para simular um enforcamento em 26 de janeiro, depois da vitória de 3 a 1 do Real Madrid contra o Atlético de Madrid pelas quartas de final da Copa do Rei. Ao lado do boneco estava uma faixa com a frase "Madri odeia o Real".
Após o ataque, o Real Madrid denunciou um "ato lamentável e repugnante de racismo, xenofobia e ódio" contra o brasileiro e afirmou que esperava a apuração "de todas as responsabilidades daqueles que participaram em um ato tão desprezível".
A investigação, baseada principalmente em depoimentos, permitiu estabelecer que os quatro torcedores, "identificados durante partidas consideradas de alto risco dentro dos dispositivos de prevenção de violência no esporte, foram os supostos autores" do ataque, destacou a polícia.
Três detidos em Valência
A polícia espanhola anunciou nesta terça-feira também a detenção de três jovens suspeitos de proferir insultos racistas durante a partida de LaLiga no domingo entre o clube merengue e o Valencia.
"A polícia deteve três jovens em Valência por comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia CF e Real Madrid", informou a Polícia Nacional, que abriu uma investigação após os acontecimentos que provocaram uma onda de indignação, na Espanha e no exterior.
Os ataques, denunciados pelo jogador e pelo Real Madrid, levaram a Procuradoria de Valência a abrir uma investigação por suposto "crime de ódio", uma tipificação penal que inclui os crimes racistas na Espanha.
A Comissão Antiviolência, órgão vinculado ao Conselho Superior dos Esportes (CSD), anunciou na segunda-feira que estava examinando as imagens disponíveis para identificar os autores dos insultos e "propor as sanções correspondentes".
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu "tolerância zero" ao racismo no futebol.