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Poucos minutos em campo deixam claro como Ancelotti vê reservas do Real Madrid

César Suárez
Güler e Endrick no momento em que entraram em campo contra o Osasuna
Güler e Endrick no momento em que entraram em campo contra o OsasunaBURAK AKBULUT / ANADOLU / Anadolu via AFP
O Real Madrid chegou à Data FIFA de novembro com muitas pendências, mas com a boa sensação da goleada sobre o Osasuna. A partida também deixou clara a mensagem do técnico Carlo Ancelotti para alguns jogadores que não entraram em campo, mesmo quando foram necessários como substitutos.

Nos dois períodos em que Ancelotti esteve no comando dos merengues, ficou óbvia sua confiança nos jovens por meio da ausência, pelo menos em termos de continuidade. Os substitutos, para o italiano, raramente são capazes de mudar a situação. Nem mesmo em tempos de crise.

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Sem contar a goleada por 4 a 0 para o Osasuna, o Real vinha de duas derrotas dolorosas que abalaram a confiança da equipe: o 4 a 0 para o Barcelona e o 3 a 1 para o Milan. Mas, mesmo assim, Ancelotti não queria olhar para o banco de reservas.

Estatísticas de minutos jogados
Estatísticas de minutos jogadosReal Madrid / Flashscore

Somente quando não tinha escolha, como no caso da grave lesão de Militão, ousou promover a estreia de Raúl Asencio. E apenas quando a partida contra o Osasuna já estava mais do que resolvida, deu minutos aos esquecidos Arda Güler e Endrick.

Os números não mentem

O jogador turco, que os torcedores do Madrid veem como um Toni Kroos em potencial, jogou 270 minutos em oito jogos - entre eles, os 16 da partida do último sábado (9). Güler não jogou nada contra o Barcelona e o Milan, mal jogou um minuto contra o Dortmund e não foi escalado contra o Celta, depois de ter sido titular na seleção.

Quanto a Endrick, mais do mesmo. O fato de ficar no banco de reservas custou ao brasileiro a vaga na Seleção, substituída por Estevão.

Endrick, na primeira temporada na Espanha, acumulou apenas 62 minutos em oito jogos. Antes dos 15 em campo que teve contra o Osasuna, o atacante não jogava há cinco jogos consecutivos, desde que começou como titular na derrota para o Lille (1 a 0). Ficou claro que pagou o preço pela derrota.

O terceiro dos esquecidos é Dani Ceballos. Apesar de Ancelotti ter prometido a ele entre as temporadas que jogaria regularmente, a realidade não foi essa. O jogador, que sonhava em assumir o papel de Kroos e Modric, aparece pouquíssimo. Ceballos jogou quase meia hora contra o Milan, mas desde a última lesão no tornozelo, sua participação se limitou a nove minutos contra o Celta e um contra o Dortmund.

É claro que quem está em pior situação é Jesús Vallejo. O zagueiro viu Tchouaméni, Carvajal e Mendy, que não são zagueiros de origem, jogarem em sua posição antes dele. E para piorar a situação, o técnico decidiu colocar Asencio antes dele, quebrando assim a regra não escrita de usar o elenco principal antes da base.