Falta de artilheiro é problema comum entre semifinalistas da Liga das Nações

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Falta de artilheiro é problema comum entre semifinalistas da Liga das Nações

Weghorst marcou apenas um gol pelo Manchester United
Weghorst marcou apenas um gol pelo Manchester United AFP
As seleções classificadas para as semifinais da Liga das Nações da Uefa (Espanha, Itália, Croácia e Holanda) chegam à fase final do torneio, que começa nesta quarta-feira (14), sem um artilheiro consagrado digno de seu glorioso passado.

Longe dos tempos de Raúl, Pippo Inzaghi, Davor Suker e Ruud van Nistelrooy, essas quatro forças do futebol europeu não contam atualmente com atacantes de renome.

Embora tenha um leve favoritismo por jogar em casa, a Holanda não poderá contar com seu principal homem de frente, Memphis Depay, e com o zagueiro Matthijs de Ligt.

O único atacante à disposição na "Laranja Mecânica", Wout Weghorst, marcou apenas um gol pelo Manchester United desde que chegou ao clube, em janeiro.

Nesse cenário, a esperança de gols holandesa é Cody Gakpo, que não é um centroavante de origem e atua mais pelos lados do campo, como Steven Bergwijn e Donyell Malen.

A Croácia, adversária da Holanda nas semifinais, também busca um goleador do nível de Suker ou de Mario Mandzukic, que vestiram camisas de grandes clubes como Real Madrid, Arsenal, Juventus e Bayern de Munique.

O atual titular da seleção croata, Andrej Kramaric, joga no modesto Hoffenheim alemão e, nesta temporada, marcou 12 gols na Bundesliga.

Petar Musa, por sua vez, defende o Benfica de Portugal, mas marcou apenas sete gols. Bruno Petkovic, herói nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar contra o Brasil, é jogador do Dínamo de Zagreb.

A esperança de gols holandesa é Cody Gakpo
A esperança de gols holandesa é Cody GakpoAFP

Seca italiana

Na outra semifinal, entre Espanha e Itália, na quinta-feira, a ausência de um homem-gol chama a atenção em duas seleções que sempre contaram com lendas, como Raúl e Inzaghi.

Aos 30 anos, Álvaro Morata mantém uma certa regularidade, mas seus números estão longe de colocá-lo entre os grandes artilheiros do mundo, enquanto os jovens de 20 anos Ansu Fati e Yeremy Pino ainda não passam de promessas.

A seca de artilheiros é ainda maior na Itália, tetracampeã mundial, mas que ficou de fora das últimas duas Copas.

"Existe uma semente na seleção Sub-20", diz à AFP Aldo Serena, ex-atacante da "Azzurra" (24 jogos e cinco gols).

Morata em ação pela Espanha
Morata em ação pela EspanhaAFP

A Itália foi vice-campeã mundial da categoria, derrotada no domingo pelo Uruguai por 1 a 0, com o meia Cesare Casadei (7 gols) terminando o torneio como artilheiro.

Outro nome promissor que surgiu no Mundial Sub-20 foi o do jovem Wilfried Gnonto (19 anos), mas sua característica é mais de um jogador driblador do que goleador.

"Os clubes italianos deveriam dar mais confiança aos jovens, apoiá-los inclusive quando cometem erros", lamenta Serena.

O melhor atacante da atual "Azzurra", Federico Chiesa, acaba de retornar depois de um ano se recuperando de lesão. O veterano Ciro Immobile, quatro vezes artilheiro do Campeonato Italiano desde 2014, nunca chegou a se firmar na seleção.

Enquanto não encontra um nome incontestável para o ataque, o técnico Roberto Mancini aposta no argentino naturalizado Mateo Retegui, sem experiência no futebol italiano.

Argentino naturalizado italiano Mateo Retegui é esperança na Itália
Argentino naturalizado italiano Mateo Retegui é esperança na ItáliaAFP