Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Federico Chiesa ainda busca ganhar vaga de titular na seleção italiana de Spalletti

Raffaele R. Riverso
Luciano Spalletti e Federico Chiesa durante a Euro
Luciano Spalletti e Federico Chiesa durante a EuroHESHAM ELSHERIF / ANADOLU / Anadolu via AFP
O técnico da Itália, Luciano Spalletti, deixou claro que não convocou Federico Chiesa porque ele ainda não está nas melhores condições. O comandante não escondeu que, para voltar a ser um atacante inquestionável, o jogador do Liverpool terá de se adaptar à nova forma de atuar da equipe.

A contradição da Itália gira em torno de Federico Chiesa. Segundo Spalletti, o atacante é um "jogador que sabe fazer a diferença", provavelmente, o único craque de verdade à sua disposição no ataque. Por essa razão, sua ausência da lista de convocados para os jogos contra a Bélgica e Israel, pela Liga das Nações, levantou questionamentos.

Confira a tabela completa da Liga das Nações

O técnico da seleção italiana explicou os motivos da decisão. "Zaccagni pediu para ficar de fora porque tem um problema para resolver. Chiesa não está bem, Zaniolo começou a jogar há pouco tempo, Politano continua sendo acompanhado e sabemos de tudo, até do que vocês não sabem. Decidimos fazer as coisas dessa maneira, mas não jogamos nada fora”.

Não há dúvida de que, nas últimas semanas, Chiesa não jogou tantos minutos quanto Arne Slot, técnico do Liverpool, gostaria de lhe dar. Algumas condições físicas ainda o atormentam, mesmo que a chegada a Anfield possa ser descrita como positiva.

O jogador precisa se encaixar em um clube e em uma liga totalmente novos para ele, e é normal que precise de um tempo para entender melhor o que o novo técnico quer. 

Histórico de lesões de Chiesa
Histórico de lesões de ChiesaFlashscore

O odiado 3-5-2

A questão é que Spalletti também precisa fazer com que Chiesa entenda o que ele quer e dizer o que precisa ser feito para merecer uma camisa titular no novo 3-5-2 - um modelo que não é o preferido do ex-atacante da Juventus, que discutia com o técnico Massimiliano Allegri com frequência.

"Para Chiesa e Zaccagni serão portas um pouco menos abertas? Um pouco sim, um pouco não. Zaccagni marcou um gol ontem como segundo atacante. Chiesa, na Juventus de Allegri, jogou muitas vezes nessa função e eu o vejo lá. Ele precisa entender certas coisas, mas, em minha opinião, consegue fazer isso. Zaniolo, com Gasperini, joga como segundo atacante e está em campo”.

"Basta ver que eles gostam de estar em campo e não têm medo de sentir a respiração do zagueiro na nuca. Quando você joga fora é diferente, tem uma outra perspectiva e sempre percebe o que está por vir. Estar do lado de dentro, às vezes, significa perder a visão do zagueiro e você precisa de algumas características a mais. Os jogadores mencionados podem fazer isso e deixamos várias convocações hipotéticas em casa", explica Spaletti. 

Concorrência é grande

Contra a França, foi Lorenzo Pellegrini quem desempenhou essa função, colocado por Spalletti atrás de Mateo Retegui. E, contra a Bélgica, será o capitão da Roma novamente quem atuará como ligação entre Andrea Pinamonte e os três meio-campistas: um 3-5-1-1 em vez de um 3-5-2.

Chiesa saiu da Juventus em agosto para vestir a camisa do Liverpool
Chiesa saiu da Juventus em agosto para vestir a camisa do LiverpoolFlashscore

Vale lembrar a recente paixão do técnico pelo recém-chegado Daniel Maldini. "É um jogador que nos faltava. Ele tem aquela estrutura física e leveza ao se virar que estava faltando. Ele é elegante, mas tem muitas outras coisas além disso. Ele é forte em campo aberto e também em situações apertadas, chuta bem de fora. Fica claro que ele precisa desenvolver sua personalidade".

Não será fácil nem óbvio para o jogador mais talentoso do futebol italiano na atualidade recuperar a vaga de titular se, como é provável, Spalletti decidir apostar no 3-5-2 de agora até o final das Eliminatórias para a Copa do Mundo.

Próximas partidas da Itália
Próximas partidas da ItáliaFlashscore

Certamente, não faltam qualidades para Chiesa ter sucesso e, se isso acontecer, será uma boa para ele e para os torcedores da seleção.

“Vi as mesmas coisas um mês atrás e isso é um bom presságio para o nosso futuro, especialmente como forma de estarmos juntos e sermos amigos, ajudando uns aos outros a fazer as coisas", afirmou o técnico da Azzurra. 

"Estou confiante no que esses rapazes podem fazer, eu os encontrei tão cheios de vontade e energia quanto em setembro. Tenho a sensação de que estou lidando com garotos que querem mostrar do que são feitos.” Porque, na realidade, Spalletti já disse o que quer de Chiesa: que ele se coloque à disposição da família.