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Presidente da UEFA diz que violência no futebol é um "câncer a ser eliminado"

Alex Xavier, com AFP
Polícia de olho nos hooligans do Dinamo durante o jogo de ida em Zagreb
Polícia de olho nos hooligans do Dinamo durante o jogo de ida em ZagrebAFP
Depois da morte de um torcedor grego do AEK Atenas na semana passada, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, disse nesta quarta-feira (16) que a violência no futebol é um "câncer" que precisa ser "eliminado".

"O problema da violência e do hooliganismo não é grego, é europeu", declarou Ceferin em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, em Atenas.

"Peço a todos, a nível europeu, que eliminem esse câncer", acrescentou o dirigente.

O torcedor do AEK Atenas Michalis Katsouris (29 anos) morreu após ter sido esfaqueado durante um confronto com hooligans do Dinamo de Zagreb, da Croácia, nos arredores do estádio do clube grego, em Nea Filadelfia, próximo de Atenas.

A morte do torcedor ocorreu na véspera do jogo entre as equipes pela fase preliminar da Liga dos Campeões, que aconteceria na terça-feira da semana passada e foi adiado para o dia 19 de agosto.

O jogo de ida em Zagreb ocorreu nesta terça, e o AEK venceu por 2 a 1.

Ceferin em reunião na Grécia
Ceferin em reunião na GréciaAFP

"Faremos todo o possível para que uma tragédia como essa não se repita", afirmou Ceferin.

"Os culpados serão encontrados e punidos por este crime", acrescentou Mitsotakis, que também pediu "um mecanismo europeu para lutar contra a violência nos estádios e punir de forma eficaz".

Nos últimos dias, a justiça da Grécia indiciou e deteve 105 pessoas acusadas de terem participado dos incidentes. Entre elas, 102 são croatas suspeitos de estarem ligados aos Bad Blue Boys, hooligans do Dinamo de Zagreb.

Durante a partida desta terça, os Bad Blue Boys mantiveram uma cadeira livre na arquibancada para cada torcedor preso.

O primeiro-ministro grego também ressaltou que chegou a um acordo com os presidentes dos quatro principais clubes do país "para que a polícia opere nos estádios e possa controlar as entradas".

As torcidas organizadas também terão acesso restrito. "Apenas uma torcida oficial por clube vai funcionar e terá como sede a própria sede do clube", explicou Mitsotakis.