Heptacampeão, o Sevilla continua invicto em finais de Liga Europa. Só nos últimos 10 anos, foram cinco temporadas em que o time da Andaluzia saiu com o troféu da segunda maior competição europeia. O título também garante o Sevilla na próxima Liga dos Campeões.
Do lado da Roma, José Mourinho perdeu sua primeira final continental da carreira, na sexta oportunidade. Atual campeã da Liga Conferência, a equipe italiana desperdiçou a chance de conquistar seu terceiro título internacional e de voltar à Champions League após quatro temporadas.
Bono vira herói nos pênaltis
O momento decisivo em Budapeste emulou as disputas por pênaltis disputadas na Copa do Mundo do Catar. As duas primeiras cobranças foram convertidas: Lucas Ocampos para o Sevilla e Bryan Cristante para a Roma. Depois disso, brilhou a estrela do marroquino Bono.
Assim como nas oitavas do último Mundial, contra a Espanha, o goleiro foi decisivo. Desta vez ele pegou as cobranças de Mancini e Ibañez. Erik Lamela e Ivan Rakitic marcaram para deixar Gonzalo Montiel com a responsabilidade de sacramentar o hepta do Sevilla. O lateral, autor da cobrança que deu o título da Copa para a Argentina, foi mais uma vez decisivo e explodiu a torcida na Puskás Arena.
Dybala coloca Roma na frente
A dinâmica da partida em seu início foi exatamente como todos esperavam antes da decisão. O Sevilla com a bola diante de uma Roma fechada e com todos os seus jogadores atrás do meio-campo. No entanto, a ótima marcação executada pelo time de José Mourinho fez com que os romanistas bloqueassem qualquer construção pelas laterais do time espanhol, tirando o Sevilla de sua zona de conforto ofensiva.
Além disso, a equipe da capital italiana saiu com eficiência para o ataque e marcou o primeiro gol da final na única grande chance que teve. O zagueiro Mancini recebeu a bola com liberdade no meio-campo e lançou Paulo Dybala em direção à área. O argentino finalizou muito bem na saída de Bono para fazer 1 a 0.
Sevilla cresce e busca empate
O chute de Rakitic na trave, nos acréscimos do primeiro tempo, já indicava um crescimento dos espanhóis na partida. Após o intervalo, os então hexacampeões da Liga Europa voltaram com tudo e empataram a partida. Mancini, dono da assistência do gol da Roma, vacilou ao tentar interceptar cruzamento de Jesús Navas e jogou para a sua própria rede, deixando tudo igual.
Depois do gol de empate, o duelo voltou a se tornar mais equilibrado e muito aberto. Não fosse a intervenção providencial de Bono em duas ocasiões, a Roma teria vencido no tempo normal. O susto para o torcedor romanista ocorreu quando o árbitro Anthony Taylor marcou uma penalidade para o Sevilla, sofrida por Lucas Ocampos. No entanto, o árbitro consultou o VAR e reverteu a decisão.
Equipes esgotadas na prorrogação
Os 40 minutos complementares, devido a um acréscimo de 10 no fim da prorrogação, foram de dois times esgotados em campo, sem grandes oportunidades. O Sevilla buscou mais o gol e teve mais de 70% de posse de bola no período. A Roma pareceu satisfeita com a disputa nas penalidades, e acabou pagando caro.