Fechamento da janela da Arábia Saudita faz Europa respirar aliviada
Neymar, Benzema, Kanté, Mahrez e Gabri Veiga foram apenas alguns dos grandes nomes que o dinheiro árabe atraiu da Europa para a Saudi Pro League. No total, os asiáticos desembolsaram 892 milhões de euros em transferências.
Os quatro clubes com propriedade majoritária do Fundo de Investimento Público (PIF) do país foram particularmente beneficiados. Al-Hilal, Al-Nassr, Al-Ittihad e Al-Ahli tiveram orçamentos praticamente ilimitados para enfrentar um mercado no qual causaram estragos em muitas equipes de outras partes do mundo.
O reino ostentoso se apaixonou pelo futebol no último ano e gastou descontroladamente para fortalecer sua liga doméstica em tempo recorde. Essa situação deixou grande parte do Velho Continente em alerta até 7 de setembro. No final das contas, nenhuma grande jogada foi feita na última janela de transferências.
Foi o Betis, da LaLiga, quem mais perdeu em termos esportivos, nas últimas horas, com a saída de Luiz Felipe para o Al-Ittihad. O zagueiro brasileiro jogará ao lado de Karim Benzema e deixou os cofres do Villamarin com 22 milhões de euros, o que não será ruim para os Verdiblancos.
Recordes de gastos
As equipes da SPL fizeram gastos sem precedentes neste verão europeu. A mais importante delas foi a contratação de Neymar pelo Al-Hilal por 90 milhões de euros, tornando-se a maior transferência da história da liga árabe.
Por outro lado, a equipe do brasileiro foi reforçada com Sergej Milinkovic-Savic e Rúben Neves no meio-campo; Kalidou Koulibaly na defesa e seu compatriota Malcom para acompanhá-lo no ataque. No total, o time gastou 353 milhões de euros, o que o coloca bem acima dos demais clubes.
Se houve algo que causou preocupação na Europa, foi a contratação de Gabri Veiga pelo Al-Ahli. A saída de um jogador jovem e promissor foi um choque para todos.
O clube foi o segundo que mais gastou, com um total de 194 milhões de euros. Eles conseguiram adquirir Roberto Firmino, o atacante argelino Riyad Mahrez e o francês Allan Saint-Maximin, além do zagueiro Roger Ibañez e do goleiro Edouard Mendy.
O Al-Nassr também cercou Cristiano Ronaldo de talentos por 165 milhões. Sadio Mané, o croata Marcelo Brozovic, Aymeric Laporte, Seko Fofana, Alex Telles e o português Otávio foram escolhidos para formar um time dos sonhos ao lado do "7" português, principal responsável pelo êxodo para o Oriente.
Um pouco atrás veio o atual campeão Al-Ittihad. Apesar de ter contratado Benzema e N'Golo Kanté, o time se concentrou muito em roubar Salah, do Liverpool, por quem ofereceu 230 milhões, sem fechar negócio. Jota, Fabinho e o já mencionado Luiz Felipe foram suas outras jogadas notáveis.
Outras contratações de peso
O Al-Ittifaq tentou construir sua equipe a partir do banco de reservas com a contratação de Steven Gerrard como técnico. No entanto, eles tiveram dificuldades para encontrar as peças necessárias para formar uma equipe, sendo Jordan Henderson o nome mais empolgante.
Bons jogadores, como Moussa Dembélé, Georginio Wijnaldum e o ala inglês Demirai Gray, juntaram-se ao ex-líder do Liverpool, mas não atraem tanta atenção quanto Neymar, Benzema ou Mahrez.
Yannick Carrasco, por sua vez, decidiu encerrar sua segunda passagem pelo Atlético de Madri para embarcar para o Al-Shabab. O belga já havia sido seduzido pelo futebol chinês em 2018 e agora foi atraído pelos sauditas.