Jogadores causam polêmica na França após recusarem apoio à campanha anti-homofobia

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Jogadores causam polêmica na França após recusarem apoio à campanha anti-homofobia

Kylian Mbappe usando o número do arco-íris pelo PSG contra o Ajaccio
Kylian Mbappe usando o número do arco-íris pelo PSG contra o AjaccioReuters
A Ligue 1, principal liga de futebol da França, foi alvo de uma enxurrada de críticas nesta segunda-feira (15) depois que vários jogadores se recusaram a participar de um gesto de apoio contra a homofobia no fim de semana.

A Liga Profissional Francesa (LFP), órgão que rege o esporte no país, pediu que os jogadores da Ligue 1 usassem uma camisa com um número com as cores do arco-íris nas costas nos jogos do fim de semana, antes do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, comemorado na quarta-feira.

No entanto, vários jogadores recusaram.

A União Nacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (UNFP) disse que não cabia aos jogadores transmitirem "mensagens coletivas". A entidade ficou surpresa com o fato de os clubes pedirem aos atletas que o fizessem, disse a UNFP em comunicado.

O Toulouse deixou de fora os jogadores que não quiseram usar a camisa. Mas o zagueiro marroquino do clube, Zakaria Aboukhlal (23), defendeu sua escolha de não participar da campanha.

"O respeito é um valor que tenho em grande estima. Ele se estende aos outros, mas também engloba o respeito às minhas próprias crenças pessoais. Por isso, não acredito que eu seja a pessoa mais adequada para participar dessa campanha", escreveu ele no Twitter.

O técnico do Brest, Eric Roy (55), chamou o gesto de "catastrófico", um comentário que atraiu muitas críticas nas mídias sociais.

"Você pode ver que há jogadores que têm problemas com isso. Todos são livres para expressar suas opiniões. Pessoalmente, não tenho nenhum problema com isso. Mas há jogadores que podem ter problemas com isso", disse ele.

Ele também disse que era errado programar a campanha em um momento em que os jogadores estavam lutando para evitar o rebaixamento.

Seu colega do Rennes, Bruno Genesio (56), disse que, embora fosse contra qualquer tipo de discriminação, "não tinha certeza se era uma boa ideia organizar um dia contra a homofobia".

A ministra dos Esportes, Amelie Oudea-Castera, interveio na polêmica em apoio à campanha.

"Acho que é responsabilidade dos clubes tomar sanções", disse ela. "Durante uma operação como essa, que envolve todos os clubes sobre o tema básico da não discriminação, você tem que participar."

A LFP e a Federação Francesa de Futebol (FFF) não comentaram.

Na Copa do Mundo do ano passado no Catar, a FIFA ameaçou sete equipes europeias com sanções se usassem a braçadeira "One Love", que simboliza a diversidade e a tolerância.