As buscas, reveladas hoje pelo Mediapart, foram realizadas "nas instalações da Direção Geral de Finanças Públicas (DGFiP) como parte da investigação judicial sobre o caso PSG, em particular no que diz respeito aos supostos crimes de corrupção e tráfico de influência", confirmou uma fonte judicial à AFP.
As operações foram conduzidas pelo Escritório Central de Combate à Corrupção e Fraude Fiscal e pela polícia, na presença dos juízes de instrução Vincent Lemonier e Serge Tournaire.
Vários departamentos da DGFiP foram revistados, incluindo o escritório do diretor-geral, de acordo com o Mediapart, que até recentemente era ocupado por Jérôme Fournel, agora chefe de gabinete do ministro da Economia, Bruno Le Maire. Contatada pela AFP, a DGFiP não quis comentar.
Essas suspeitas fazem parte de uma investigação conduzida desde setembro de 2022 sobre o suposto tráfico de influência atribuído ao ex-diretor de comunicação do clube parisiense, Jean-Martial Ribes, de 57 anos.
Investigado desde 1º de dezembro do ano passado por uma série de delitos, Ribes é suspeito de ter explorado sua posição para obter informações confidenciais para o PSG, bem como benefícios pessoais para sua família, tudo em troca de pagamentos quid pro quo (algo dado a uma pessoa em troca de outra coisa), como presentes gratuitos e ingressos para jogos do clube francês.
O judiciário está investigando se o ex-vice-presidente da Assembleia Nacional, o macronista Hugues Renson, tentou obter do governo "vantagens fiscais" para o PSG na época da transferência do astro brasileiro Neymar para o clube da capital, no valor de 222 milhões de euros.
Na terça-feira (16), o presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional, Eric Coquerel (LFI), pediu ao governo que fornecesse documentos fiscais relativos à transferência "o mais rápido possível".