Cruzeiro e Atlético-MG protagonizaram um primeiro tempo tenso. Diante de um Mineirão lotado de cruzeirenses, já que o clássico decisivo foi com torcida única, assim como aconteceu na ida, na Arena MRV, a equipe alvinegra teve a melhor oportunidade.
Veja detalhes de Cruzeiro 1 x 3 Atlético-MG
A jogada aconteceu aos sete minutos, com Paulinho, artilheiro da última edição do Brasileirão. O atacante recebeu livre na frente, ficou cara a cara com Rafael Cabral, mas mandou por cima. Aos 21, Paulinho ainda teria outra chance, não tão clara, e novamente finalizou para fora.
O Cruzeiro foi controlando a intensidade atleticana no primeiro tempo. Mas não conseguia ser tão efetivo no ataque. O zagueiro Zé Ivaldo, aos 33 minutos, chutou de fora da área, mas a bola passou sem perigo. A Raposa ainda arriscou com Matheus Pereira, em bola parada que chegou a assustar Everson.
No fim do primeiro tempo, um lance polêmico. Hulk foi lançado, partiu em velocidade e disputou bola com Neris. O atacante atleticano caiu dentro da área, reclamando de carga do defensor. O jogo ficou parado, o banco atleticano reclamou bastante, mas o VAR entendeu que a disputa foi normal.
Raposa pula à frente
Logo com seis minutos do segundo tempo, o Cruzeiro fez a festa de sua torcida. Matheus Pereira, o jogador mais letal do time, cruzou para a área e encontrou Mateus Vital, que cabeceou cruzado, sem chances de defesa para Everson.
O próprio Vital deixou o campo acusando uma lesão muscular aos 16 minutos da etapa final e a opção do técnico Nicolás Larcamón foi a entrada do zagueiro João Marcelo. A estratégia de fortalecer o sistema defensivo acabou não se mostrando efetiva. O Atlético-MG passou a ter o controle da posse de bola, pressionando a Raposa.
A virada do Galo
O Alvinegro flertava com o gol. Somente a vitória interessava ao Atlético-MG para ser campeão, uma vez que a vantagem do empate era celeste. Aos 19 minutos, Otávio cruzou para a área e Saravia cabeceou, de costas, encobrindo o goleiro Rafael Cabral. O placar estava novamente em igualdade. O técnico Gabriel Milito fez três mudanças de uma vez, colocando Vargas, Igor Gomes e Gustavo Scarpa.
A pressão alvinegra intensificou-se e Lucas Silva, aos 28 minutos, desviou um cruzamento de Igor Gomes com a mão, dentro da área. O leve toque foi revisto pelo VAR e foi suficiente para que o pênalti fosse assinalado. Na marca da cal, Hulk não perdoou. Rafael Cabral chegou a pular no canto direito, mas a bola foi no limite.
Este foi o sétimo gol de Hulk nos clássicos contra o Cruzeiro. A equipe celeste, ao lado do Fluminense, é a que mais sofreu gols do atacante desde sua vinda para o Brasil após passagem no futebol chinês. Hulk deixou o campo substituído, sentindo uma lesão. Mas o seu gol encaminhou o destino do Campeonato Mineiro 2024.
O primeiro de Scarpa
Gustavo Scarpa vinha sofrendo em seu retorno ao futebol brasileiro. Mas a final do Campeonato Mineiro reservava um desfecho de ouro para o atleta. Foi dele o gol que selou o título. Um contra-ataque puxado pela esquerda e que acabou o encontrando.
O meia arrancou, adentrou a grande área, driblou o goleiro Rafael Cabral e mandou para o fundo das redes. Seu primeiro gol pelo time alvinegro e o mais importante neste início de temporada.