São Paulo barra coletiva de Abel Ferreira após empate com o Palmeiras
Com os ânimos exaltados por conta da arbitragem, o Tricolor não cedeu a sala de imprensa do Morumbi para o treinador palmeirense, alegando "reciprocidade".
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Em nota, o São Paulo lembrou que, na última vez que jogou no Allianz Parque, sua comissão técnica teve de falar com os jornalistas em um espaço improvisado.
O Palmeiras respondeu que o rival não lhe deu opções de espaço para Abel conceder a coletiva e, por isso, cancelou a entrevista.
O Alviverde alegou que só foi avisado do veto à sala de imprensa após o jogo e que já tinha sua parafernália pronta para a coletiva no local apropriado.
"Não deixaram a gente falar", disse Abel Ferreira ao passar pela zona mista do estádio.
O Palmeiras aproveitou o imbróglio para cancelar também as entrevistas dos jogadores na zona mista.
Em tréplica, o Tricolor disse que não vetou que outro espaço da área de imprensa fosse utilizado pelo Verdão.
Regulamento contesta o São Paulo
O artigo 48 do regulamento do Campeonato Paulista declara ser obrigatória as entrevistas coletivas após os jogos do torneio e acrescenta que é "obrigação do clube mandante oferecer espaço e estrutura para organização e realização das entrevistas".
Como no Morumbi há apenas uma sala de imprensa, o regulamento prevê a realização da coletiva da equipe visitante e, posteriormente, da equipe mandante, "salvo acordo prévio realizado entre os clubes, que deverá ser informado à FPF com pelo menos 24 horas de antecedência".
A Federação Paulista não prevê que coletivas sejam realizadas na zona mista e diz que o mandante deve prover um "espaço de imprensa" dentro da área dos jornalistas para a realização das coletivas pós-jogo.