Grupo de streaming ilegal da Premier League é preso; "chefão" pega 11 anos de cadeia
Os membros da quadrilha receberam penas de prisão que variam de três a 11 anos cada um, depois que a Premier League abriu o que disse ser "o maior processo do mundo contra uma rede de streaming ilegal".
Segundo a liga, os réus, com idades entre 30 e 46 anos, arrecadaram mais de £7 milhões vendendo assinaturas de três plataformas ilegais de streaming para mais de 50.000 clientes e revendedores.
"As organizações ofereceram acesso ilegal para assistir a jogos da Premier League, centenas de canais de todo o mundo e dezenas de milhares de filmes e programas de TV sob demanda", disse a Premier League em um comunicado.
O cérebro do grupo, Mark Gould, 36 anos, foi condenado a 11 anos de prisão em Chesterfield.
A pena é maior do que receberam algumas pessoas acusadas de estupro no Reino Unido neste ano - em casos que ganharam notoriedade na mídia britânica.
"A sentença de hoje é o resultado de um processo longo e complexo de uma operação altamente sofisticada", acrescentou.
"As sentenças proferidas, que são as mais longas já emitidas por crimes relacionados à pirataria, justificam os esforços feitos para levar esses indivíduos à justiça e refletem a gravidade e a extensão dos crimes", disse o conselheiro geral da Premier League, Kevin Plumb.
Os outros quatro membros do grupo receberam sentenças que variam de três a mais de cinco anos.
A quadrilha, que contava com dezenas de funcionários, lucrou oferecendo acesso ao vivo a jogos da Premier League que, de outra forma, não estariam disponíveis no Reino Unido devido às chamadas regras de transmissão "blackout".
O grupo acessava transmissões de emissoras do Reino Unido, Catar, Estados Unidos, Austrália e Canadá e as transmitia alguns segundos depois.
A Premier League é a liga de futebol mais lucrativa do mundo, sendo que somente os direitos de transmissão para dentro do Reino Unido valem cerca de £5 bilhões (das temporadas de 2022 a 2025).