"Ainda não acabei a minha carreira em Manchester, tenho que refletir sobre o futuro", afirmou Guardiola no programa italiano Che Tiempo Che Fa, assumindo, também, algum cansaço, após nove anos no comando do clube.
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"Estou bem, às vezes um pouco cansado, mas isso todos estamos. Mas gosto muito do futebol", acrescentou o treinador espanhol, que foi questionado com a hipótese de assumir o comando da Inglaterra. "Ainda não decidi nada, tenho que refletir", respondeu.
Cruijff no coração
Na mesma entrevista, Guardiola lembrou Johan Cruijff, seu treinador no Barcelona, como o grande mentor. "Não sei como seria a minha vida e carreira se não tivesse conhecido Cruijff. Ensinou-me muito taticamente, mas, acima de tudo, criou-me do ponto de vista humano. Foi um gênio, era único. Fez-me apaixonar pelo futebol", assumiu Pep Guardiola.
Perguntado sobre o fato de ter sido o único a conseguir o tão almejado triplete - campeonato, taça e Liga dos Campeões - em duas ocasiões diferentes (2009, com o Barcelona e 2023 com o Manchester City), ele respondeu com humor.
"Sou mesmo muito bom!", disse. A justificativa veio depois. "Estive em três equipes muito fortes, incluindo o Barcelona, que está no meu coração.
"Ajuda muito conhecer alguém como Messi, para mim o melhor jogador da história. Talvez seja uma falta de respeito com Pelé ou Maradona, mas não imaginava esta longevidade."
Ao lado de um ídolo italiano
Guardiola relembrou os tempos que passou com Roberto Baggio, quando ambos jogaram no Brescia. "Lembro-me dele no final da carreira, com um joelho arruinado, mas era o mais forte. Ele é amado em todo o lado", disse o técnico, deixando em aberto, em tom de brincadeira, um futuro na Itália. "Se Baggio me acompanhar, eu venho!"
Hugo Viana, diretor esportivo do Sporting, vai assumir o mesmo cargo no Manchester City na próxima temporada, sucedendo a Txiki Begiristain, que trabalhou no clube inglês nos últimos 12 anos e com quem Pep Guardiola tem uma forte ligação.