O atacante ainda não entrou em campo como titular pelo clube inglês na atual temporada, e Gus Poyet, uruguaio ex-jogador do Chelsea e do Tottenham, tem uma teoria para explicar por que a passagem tem sido um tanto problemática.
"Há uma grande diferença entre o Darwin Núñez da seleção e o Darwin Núñez do Liverpool. Pelo Uruguai, ele sabe que é o camisa nove. Negócio fechado. Não importa se é segunda, terça, quarta ou quinta. Ele sabe que jogará na próxima partida.
"Sem conhecê-lo pessoalmente, acho que essa situação o ajuda a ter um bom desempenho, porque ele tem sido excelente no Uruguai. Mas aí, ele não entra em campo no seu clube, o que é uma verdadeira mudança de emoções. Acho que a personalidade dele precisa dessa confiança", explica Poyet em uma conversa com o Tribalfootball.
"Agora, você também precisa conquistá-la, e um técnico pode gostar de outro jogador. Mas com dois técnicos, você se torna um pouco o problema. Será que ele precisa ir embora? Não sei, é algo muito pessoal, mas algumas pessoas preferem ir para outro lugar, outras estão dispostas a aceitar a posição”, continua o ex-meia.
Mas será que Poyet vê potencial para Darwin se tornar o artilheiro número um, quando Mohamed Salah eventualmente deixar Anfield?
"Ele foi muito bem no Uruguai em jogos muito abertos. Quando você joga no Liverpool, o adversário não vai estar aberto em 70-80% dos jogos. Eles vão se fechar e não terá muito espaço. Depende também da maneira como a equipe joga.
"Isso não significa que ele seja bom ou ruim. Muitas vezes, eu disse não a um diretor esportivo quando ele me mostrou um jogador.
"'Mas ele é bom', ele dizia. Sim, mas não é o que precisamos. Talvez sejam essas as características de Darwin Núñez que o Liverpool precisa neste momento?"
Gus Poyet falou com a Tribalfootball em nome da William Hill