Jogadores das principais ligas do Uruguai boicotam jogos por causa de acordo coletivo
O Sindicato dos Futebolistas Profissionais do Uruguai (MUFP) votou na madrugada de quinta-feira para não realizar os jogos, com o objetivo de atualizar e aprovar o acordo coletivo existente, assinado em 2007.
O boicote permite o treinamento.
"Estamos em negociação coletiva há 22 meses e, até o momento, ainda estamos esperando uma resposta dos clubes", disse Mitchell Duarte, secretário-geral da MUFP, ao FIFPRO. "Entendemos que percorremos o caminho necessário no momento necessário. Precisamos tomar esse tipo de ação para focar a atenção e alcançar um resultado definido."
A MUFP vem tentando negociar há vários meses com a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) e o Conselho de Futebol Profissional, que é composto pelos 16 clubes da Primeira Divisão e 14 da Segunda Divisão.
Duarte disse que os salários, especialmente na segunda divisão, são "bastante baixos".
"As maiores dificuldades que encontramos estão no aumento salarial da segunda divisão", disse Duarte. "Esse tem sido o foco central de grande parte da discussão, mas a greve abrange todas as divisões profissionais."
A AUF não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.
"Não houve aumento real de salários desde 2007, e permanecemos nessa situação por muito tempo", acrescentou. "Apesar das atualizações por meio dos regulamentos e estatutos da FIFA, ainda temos um acordo coletivo que data de 16 anos atrás, e estamos bastante atrasados em muitos aspectos - isso é algo que nos preocupa."
Duarte disse que, até que o problema seja corrigido, será "difícil que a atividade retorne".