Marcelo segue dando provas de que ainda tem muito a oferecer com a camisa do Fluminense

Ele chegou ao Real Madrid à sombra de seu compatriota Roberto Carlos e deixou a "Casa Blanca" como o jogador mais bem-sucedido do clube, com 25 troféus em seu nome - quatro Mundiais de Clubes, três Supercopas da Europa, seis títulos do Campeonato Espanhol, duas Copas do Rei e cinco Supercopas da Espanha.

Marcelo, de 35 anos, é uma verdadeira lenda e o tempo o confirmou como tal. No entanto, em muitas partes de sua carreira, ele passou a ser subestimado, tendo que fazer mais do que outros para obter o mesmo reconhecimento.

Prova disso é a relação de amor e ódio que sempre manteve com a Seleção Brasileira, com a qual acumulou apenas 58 partidas em sua carreira profissional. Uma estatística bastante chocante se o compararmos com os homens que mais jogaram pelo time nacional, que são três laterais históricos como Cafu (142 jogos), Roberto Carlos (125) e Dani Alves (118). 

Embora a carreira do jogador do Fluminense esteja, sem dúvida, no mesmo nível da de seus compatriotas citados, sua presença na seleção pentacampeã mundial foi mais curta do que o desejado. Mesmo assim, ele conseguiu ganhar uma Copa das Confederações (2013), uma medalha de prata olímpica (Londres 2012) e uma medalha de bronze (Pequim 2008).

Agora, quando deveria ter voltado para casa para desfrutar de uma aposentadoria tranquila com o clube que o levou para a Europa, o carioca continua a aumentar uma sala de conquistas que já conta com 31 troféus após a vitória na final da Recopa Sul-Americana.

Sempre questionado

Seja por sua condição física, seu excesso de peso, sua abordagem anárquica do futebol ou suas supostas deficiências defensivas, o carioca sempre foi considerado um degrau abaixo de seus concorrentes em muitos setores.

Isso nunca o afetou. Ele continuou a jogar como sabia, contribuindo e vencendo de forma consistente. Seus números nos momentos decisivos são testemunhas disso. Ele venceu 16 das 18 finais que disputou e ganhou todas as seis finais continentais (cinco na Liga dos Campeões e uma na Copa Libertadores). 

Longe de se aposentar, Marcelo continua competindo em um bom nível. Somente com o passar dos anos, quando ele realmente se aposentar do futebol, poderemos fazer um balanço das conquistas desse lateral-esquerdo histórico.