Advogado suíço contesta versão de Cuca em caso de estupro: "A garota o reconheceu"
Willi Egloff, advogado da vítima, que à época possuía 13 anos, confirmou ao site UOL que Cuca foi reconhecido pela garota na apuração do caso. Willi participou do processo de condenação do atual treinador corintiano na Suíça.
"A declaração de Alexi Stival (Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor", comentou Willi.
Existia uma informação prévia que a garota jamais o havia reconhecido. Fato, portanto, desmentido. Cuca também chegou a apontar essa versão durante sua entrevista de apresentação no Corinthians.
"(...) Ficamos na averiguação, eu não estava, a vítima não me reconheceu. Se ela disse que eu não estava e juro por Nossa Senhora que não estava, como posso ser condenado pela internet?", disse Cuca, quando da sua chegada no time paulista.
O advogado Willi Egloff também confirmou que foi achado sêmen de Cuca em exames feitos pela garota. Esta versão foi trazida pelo jornal Der Bund e realizado pelo Instituto de Medicina Legal de Berna.
Outra revelação importantíssima trazida pelo advogado é de que a vítima teria tentado suicídio após o caso e a repercussão gerada.
Entenda o caso Cuca
Quando Cuca atuava pelo Grêmio, ele e outros três jogadores do time gaúcho foram acusados , por uma garota de 13 anos, de estupro coletivo. O caso aconteceu em Berna, na Suíça, em 1987. Cuca e os outros atletas — Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges — foram condenados em 1989, não pelo suposto estupro, mas porque a garota possuía 13 anos, sendo uma violência sexual contra pessoa vulnerável.
Condenado a 15 meses de prisão, Cuca nunca cumpriu a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos. Em 2004, o crime prescreveu por ultrapassar o período de tempo de sua execução. Em 2021, o técnico negou envolvimento no caso, em entrevista ao UOL.