Pressionado pelos torcedores, que o chamaram de "burro" após o jogo contra o Goiás, Bruno Lage possuía contrato até dezembro deste ano. Depois de assumir o Botafogo com 10 pontos de vantagem na liderança do Brasileirão, o técnico deixa o cargo com uma folga de sete pontos.
A gota d'água para a demissão foi a decisão de sacar Tiquinho Soares, artilheiro da Série A. O atacante começou a partida contra o Goiás no banco, preterido por Diego Costa. O camisa 9 entrou no segundo tempo e fez o gol do Botafogo no empate em 1 a 1.
"Apesar do início do treinador, com 10 jogos de invencibilidade, os últimos resultados não foram os esperados. Como família, o Botafogo vai buscar no momento soluções dentro de casa. O Clube segue com confiança inabalável e firme no propósito da temporada com o suporte incansável de uma legião de alvinegros apaixonados", declarou o Botafogo em nota oficial.
O Alvinegro informou que o auxiliar permanente Lúcio Flávio e o Especialista de Formação e Transição, Joel Carli, assumem o comando interino da equipe. A dupla deve estar à frente do Bota no clássico contra o Fluminense, no domingo (8), no Maracanã.
Retrospecto de Lage
Lage permaneceu no comando do Botafogo por 15 jogos, com 4 vitórias, 7 empates e 4 derrotas — 42,2% de aproveitamento. A multa rescisória do técnico gira em torno de R$ 4 milhões.
O comandante chegou ao Botafogo em substituição ao compatriota Luís Castro, que decidiu deixar o clube carioca para ser o técnico do Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, na Arábia Saudita.