Conheça os maiores talentos a serem observados no Campeonato Brasileiro
O que vai acontecer, somente o tempo vai dizer. Futebol e talento, os listados têm de sobra. Resta saber quantas oportunidades vão surgir e como elas serão aproveitadas por estes jovens talentos, que têm tudo para serem as novas estrelas do futebol brasileiro nos próximos anos.
Os analistas de dados da 11Hacks analisaram os que podem ser bem sucedidos no futuro. A seleção é composta por jogadores que ainda não chegaram a acordo com qualquer clube europeu e que tenham tido uma minutagem considerável na Série A para análise de dados.
Matheus França (19 anos, Flamengo)
Apesar de Gabigol e Pedro serem os principais nomes do ataque do Flamengo, o jovem Matheus França pode ser um dos pilares da parte ofensiva do rubro-negro. Ele tem apenas 670 minutos no Brasileirão. Apesar do pouco tempo, já conseguiu mostrar o que vale.
Matheus impressiona, particularmente, pelo excelente movimento na grande área adversária. Nenhum outro jogador conseguiu mais toques por jogo e só o seu companheiro de equipe Pedro criou mais oportunidades de remates de qualidade, segundo a métrica de dados.
Dos 18 chutes ao gol, Matheus França fez cinco deles a partir da pequena área e 11 da região central da área, onde as hipóteses de gol são maiores. O atacante mostrou-se inconsistente nas finalizações, mas isso não é incomum para jovens jogadores. Além disso, demonstrou que consegue bater com os dois pés e o jogo aéreo também não é um problema.
O jovem é um dos dribladores mais ativos no Brasil e as fugas nas costas da zaga aumentou consideravelmente as hipóteses de gol. Numa métrica que mede o perigo dos dribles, está entre os primeiros 5% de jogadores na sua posição.
Victor Hugo (18 anos, Flamengo)
Este meia de espírito ofensivo chamou atenção na sua temporada de estreia na Série A. Com apenas 18 anos, teve quase 1.200 minutos e foi uma ameaça constante para os adversários.
Em modelos de dados avançados, que registam a contribuição global dos dribles e passes de um jogador no último terço do campo, ficou classificado entre os 20% de melhores meias e, acima de tudo, demonstrou grande capacidade de último passe.
Conseguiu uma média de 20% de probabilidade de assistência por jogo, o melhor da liga na sua posição. E há apenas um outro médio na Série A que criou um maior volume de ações ofensivas para a sua equipe: o veterano Arturo Vidal, curiosamente companheiro de equipe e mentor de Hugo.
Indo além de ajudar os outros a criar gols, ele consegue chegar a posições muitos boas para finalizar. Na métrica dos gols esperados por jogo (xG), ficou em segundo lugar entre os melhores meias.
Ângelo Gabriel (18 anos, Santos)
Apesar de ter apenas 18 anos, Ângelo já jogou em três edições do Brasileirão. Na última, com 1.700 minutos jogados, foi um dos jogadores mais importantes do Santos.
Durante a sua carreira na Série A até agora, registou 34 chutes (média de 1,2 por jogo), dos quais converteu apenas um. Isto deve-se principalmente ao fato da grande maioria das suas tentativas acontecer a partir de ângulos complicados ou de fora da área. No total, acumulou apenas 2,4 xG (gols esperados). No entanto, as suas especialidades são a criatividade e a gestão de posse de bola.
Num sistema métrico que rastreia como a quantidade de toques na bola de um jogador aumenta as hipóteses de uma equipe marcar, Ângelo está entre os melhores da liga. Está constantemente levando a bola para a frente e faz um grande número de passes criativos e de penetração por jogo. Tem uma média de 22% de hipóteses de marcar em cada jogo, que o deixa imediatamente atrás de Everton Ribeiro, do Flamengo.
Pode colocar-se em boas posições para o último passe graças aos seus excelentes dribles, que usa com muita frequência. Entre os alas, apenas o já mencionado Everton faz mais desarmes.
Vítor Roque (18, Athletico Paranaense)
Outra grande esperança para o futebol brasileiro é o atacante Vitor Roque, de 18 anos, que jogou 1.500 minutos do Brasileirão pelo Athletico Paranaense na última temporada, sendo também uma figura importante na caminhada da equipe até à final da Taça Libertadores. Ao todo, marcou 14 gols e fez 5 assistências em 2.542 minutos em todas as competições. Os desempenhos valeram-lhe convocação para a seleção principal do Brasil.
Roque é um atacante com bom movimento e posicionamento dentro da grande área. Dos 37 remates (2,3 por jogo), 24 foram direcionados ao gol a partir da zona central da área e, na métrica de gols esperados (xG), apenas seis outros jogadores foram melhores, considerando atacantes com mais de 1.000 minutos de jogo.
É também um dos jogadores da Série A que mais faltas sofre. É travado de forma ilegal, em média, 2,7 vezes por jogo, ou seja, mais vezes do que 92% dos outros jogadores. Os adversários têm problemas em travar especialmente os seus cruzamentos e mudanças de direção, que só Hulk, do Atlético Mineiro, faz mais por jogo.